Todo filho merece uma mãe atenciosa e dedicada, principalmente, quando a sua casa é uma gigantesca floresta, e dessa forma, oferece riscos inimagináveis. Para comemorar o Dia das Mães, o Portal Amazônia conversou com especialistas que traçaram os perfis de alguns mamães da Amazônia; confira:
A mãe fiel
Elas são consideradas as mamães mais fiéis da Amazônia. Se você falou na Arara-vermelha, acertou. O período de reprodução da espécie acontece entre novembro e março, neste período ninguém se mete com ela, pois, ficam agressivas. As mamães araras têm entre dois a quatro filhotes por gestação, o tempo de incubação é de 28 dias.
A base de alimentação dos filhotes são os frutos da Amazônia. E pensa que a mãe cuida dos rebentos sozinha? Nada disso, o papai também entra no jogo, e juntos, eles se encarregam dos filhos até que eles estejam aptos a sobreviverem sozinhos.
A mãe lenta
O contato entre mãe e cria é constante, uma vez que a principal fonte dos ‘pequenos’ é o leite materno. Segundo os pesquisadores, os filhotes possuem uma vocalização parecida com a da mãe, quase como se tivessem o mesmo tom de voz, isso facilita na hora do bebê se alimentar.
A mãe desnaturada
A mamãe com a maior prole da lista, a Sucuri tem uma gestação que durante entre sete e oito meses. A reprodução é poliândrica, ou seja, vários machos disputam uma fêmea em agregações reprodutivas. Não ocorrem combates entre os futuros papais, mas eles podem tentar deslocar uns aos outros. As sucuris são vivíparas, os filhotes saem de dentro dela, não colocam ovos, e as mamães podem gerar até 50 filhotes.
A sucuri é considerada uma mãe desnaturada. Ela prefere dar a luz próximo aos rios, e após o parto, não cuida dos filhotes, não existe cuidado parental. Os bebês, que possuem entre 60 e 90 centímetros, precisam se virar por conta própria, geralmente os pequenos caçam anfíbios, peixes e alguns animais de pequeno porte.
A mãe que põe ordem na casa
Quem disse que uma mamãe sauim de coleira não pode ser forte? A fêmea reprodutiva e dominante pode dar à luz um ou dois filhotes, até duas vezes por ano. No entanto, há registros de nascimentos com três filhotes em cativeiro. Elétrica e saltitante, a sauim de coleira fica mais lenta quando está preste a ter os bebês.
Como fêmea alfa, ela põe ordem na casa e todos do bando são responsáveis pela criação dos pequenos. No início, os filhotes se alimentam de leite, mas em poucas sejam já comem frutos e animais invertebrados. Quando crescem, eles podem permanecer no grupo, até que eventualmente, se dispersam para outros lugares.
A mamãe solitária
Conhecido como um animal de hábito solitário, o bicho-preguiça comum só se encontram com outro para acasalar. A gestação leva de seis a oito meses, e os filhotes nascem entre os meses de agosto e setembro. O bebê fica agarrado com a mamãe e toma leite durante um mês.
O filhote permanece ao lado da mãe até os cinco meses, tempo necessário para aprender a se locomover e conseguir alimentos por conta própria. Uma vez separados, mãe e filhote, seguem cada um para uma direção.
A mamãe de olhar penetrante
A onça-pintada é um símbolo da região amazônica. Ela faz qualquer pessoa tremer nas bases com aquele olhar ameaçador. A onça fêmea alcança a maturidade sexual aos dois anos. Durante o ano, ela costuma gerar de um a quatro filhotes, e o bebê pesa em média 1kg.
Os filhotes ficam próximos a mãe de um ano a um ano e meio, já o pai, como a maioria dos demais nesta lista, não apresenta nenhum cuidado parental. Eles são alimentados com leite, e um tempo depois, Assim como as preguiças, as onças são consideradas animais solitários, elas se encontram apenas para a reprodução.
Mamãe cuidadora
Segundo especialistas, a mucura é uma mãe preocupada e cuidadora, quando os filhotes estão nascidos, o calor corporal da mãe que os mantém aquecido. Ela constantemente lambe os pequenos para deixa-los limpos. Quando as pequenas mucuras estão em desenvolvimento, mas ainda lactantes, eles são transportados agarrados às costas da mãe.