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Caso Neymar: Corpo de delito não detectou lesão em partes íntimas de Najila

Por UOL

Procedimento padrão em casos de estupro, a modelo Najila Trindade foi encaminhada para exame de corpo de delito depois de registrar boletim de ocorrência por violência sexual contra Neymar na última sexta-feira (31). O resultado já é de conhecimento da Polícia Civil e o laudo não apontou lesões na genitália da suposta vítima.

O único ferimento detectado durante o exame foi em um dedo de Najila. Trecho de 66 segundos do vídeo gravado no quarto do hotel em Paris mostra a modelo dando tapas em Neymar.

Najila Trindade em entrevista à Record/Foto: Reprodução

Em entrevista coletiva na Delegacia de Defesa da Mulher, o advogado dela, Danilo Garcia de Andrade, não tocou no assunto. Justificou que estava tomando ciência do inquérito naquele momento e acrescentou que todas as provas periciais estão incluídas no sigilo que cerca a investigação.

O corpo de delito foi feito somente depois de instaurado o inquérito policial, procedimento que começou a partir do boletim de ocorrência registrado em 31 de maio, 16 dias após o primeiro encontro entre a modelo e Neymar, e que não repete o laudo confeccionado por um médico gastrologista durante avaliação particular de Najila no consultório dele, que fica no Hospital Albert Einsten. Na avaliação, ocorrida em 21 de maio, seis dias depois da data em que a modelo alega ter sido estuprada, foram verificadas lesões nas coxas e nádegas. Para o laudo privado, no entanto, Najila não havia passado por exames ginecológicos.

O médico responsável pelo exame deste laudo particular prestou depoimento na tarde de ontem na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher e confirmou que foram detectados ferimentos, apurou o UOL Esporte. Mas o gastrologista ressaltou que as fotos que estão anexadas não foram tiradas por ele.

Depois de ser ouvido pela delegada que comanda o inquérito policial, o médico deixou o prédio sem conceder entrevistas. Justificou que respeitava o sigilo das investigações.

Além de lesões físicas provocadas pelo suposto estupro, o advogado de Najila contou que a cliente ficou com traumas do que teria acontecido em Paris. Garcia de Andrade disse que ela tem dificuldades para dormir, perdeu peso, chora bastante e está tomando ansiolíticos – remédios para tensão e ansiedade.

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