Precisamos integrar o Acre à dinâmica econômica nacional e internacional. Nada é mais importante para o crescimento econômico do que romper o isolamento que castiga o Estado. Necessitamos sair do marasmo e investir em infraestrutura produtiva. Queremos construir pontes para um futuro de menor pobreza, maior desenvolvimento e oportunidades reais de ascensão social para o povo.
A ideia força é fincar as bases sólidas de um desenvolvimento econômico e social, com ênfase na promoção da liberdade dos agentes econômicos, na geração de empregos e renda e na qualificação de uma infraestrutura logística para a circulação de mercadorias.
O Acre é um estado estratégico dentro de uma região estratégica. Estudos e prospecções revelam que a região amazônica possuiu em valores de recursos naturais o montante de 23 trilhões de dólares a ser explorado, sendo 15 trilhões em recursos minerais metálicos, não metálicos e energéticos e oito trilhões na superfície, com a biodiversidade (estima-se o conhecimento de apenas 5% do potencial econômico da biodiversidade amazônica). O Acre faz parte dessa riqueza que deve ser gerada.
É a região do país, por excelência, portadora do futuro da integração sul-americana, capaz de abrigar uma possível infraestrutura necessária para fazer circular mercadorias, comunicação e pessoas no continente. Tem-se saída ao pacífico e ao atlântico e as bacias hidrográficas são conectadas. Como dizem os estrategistas econômicos e militares: “a Amazônia é área pivô da América do Sul”.
Neste sentido, o Brasil e o Acre têm a possibilidade de liderarem a cooperação entre os países sul-americanos, amenizar os conflitos com colaboração e assim tornar a Amazônia ainda mais estratégica para a política internacional do país.
Afirmamos com convicção que a retomada da economia na região Amazônica e no Acre exigirá superar a mentalidade ideológica da ecologia radical e obtusa, preparar o setor de transporte e construir parcerias produtivas entre a esfera pública e privada para dar mobilidade à região, encontrar as alternativas de produção de energia e qualificar o povo, com investimentos em educação, ciência, tecnologia e inovação.
Por tudo isso, pode-se dizer que a região Amazônica e o Estado do Acre são fontes de esperança e de futuro. Um novo caminho deve ser trilhado, uma nova história deve ser contada.
Pedimos o esforço das autoridades federais e estaduais para viabilizar a integração latino-americana e abrir horizontes de comercialização. Devemos captar recursos para complementarmos a BR 364 até o Peru, consolidando a infraestrutura necessária para a integração e circulação de mercadorias na América do Sul e dotando de economicidade a exportação de nossos produtos.
A construção dessa estrada é essencial para o desenvolvimento da nossa região. Vai gerar muitos empregos e facilitar o comércio entre o Acre, em particular o Juruá, e todo o Peru. Com a estrada aberta, poderemos vislumbrar concretamente um novo futuro. Ainda, reivindicamos um grande acordo bilateral entre o nosso país e a nação peruana. Esses são passos essenciais a serem dados em nome do progresso e do bem-estar do povo acreano.