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Fora do Mais Médicos, rede municipal de Rio Branco terá 40 mil consultas a menos por mês

Por LAMLID NOBRE, DO CONTILNET

Serão 40 mil consultas a menos que a rede municipal de Saúde de Rio Branco pode deixar de ofertar à população, caso o governo federal não volte atrás e revogue o ultimo edital do Mais Médicos que exclui do programa a capital acreana, assim como todas as demais do Brasil.

Secretário Municipal de Saúde, Oteniel Almeida./Foto: Reprodução

A informação foi confirmada pelo secretário municipal de Saúde, Oteniel Almeida, que disse estar preocupado com a situação e que está se articulando com os demais secretários de Saúde das outras capitais brasileiras para, juntos, realizarem um encontro com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em Brasília, no próximo mês de julho, no sentido de sensibilizar o governo federal a rescindir a medida.

“É muito preocupante porque sem o Mais Médicos, não poderemos renovar os contratos dos médicos e Rio Branco irá perder 53 profissionais que, hoje, atendem na nossa rede municipal de Saúde. Esse número corresponde a quase a metade dos clínicos gerais que temos atendendo a população nas Unidades de Saúde do Município.”, disse Almeida.

De acordo com o secretário, o Município de Rio Branco conta com o total de 110 médicos em seus quadros, atualmente, atuando no serviço público e que o número irá sendo reduzido a 57, à medida em que forem vencendo os contratos do programa Mais Médicos, o que deve acontecer até junho de 2020.

“É uma decisão equivocada do governo federal e que pode afetar milhares de pessoas que precisam da saúde pública e vamos nos manifestar a respeito para que volte atrás.”, reafirmou o secretário.

Oteniel Almeida informou ainda que uma Moção de Repúdio dos secretários municipais de saúde do Acre e de outros estados será encaminhada, através dos Conselhos Municipais de Saúde, ao Ministério da Saúde.

“Estamos buscando saídas para resolver a situação. Se a falta de profissionais já é um problema, com essa decisão do governo federal, sob o argumento de reduzir os gastos, a população é que será prejudicada.”, pontuou.

 

 

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