Gladson vai à PF e diz que portas da Sesacre e outros órgãos do Estado estão abertos para investigação

NA PF
O governador Gladson Cameli esteve, na manhã desta segunda-feira (10), na sede da Polícia Federal (PF) para colocar todos os órgãos de seu governo à disposição de investigações de crimes de corrupção que, por ventura, julgue pertinentes fazer. Cameli disse que as portas de todos os órgãos do governo, inclusive da Saúde, onde acredita existir um cartel, estão abertas, à disposição da polícia.

No Peru
Após conversar com delegados da Policia Federal, o governdor Gladson Cameli viajou para o Peru, onde irá tratar da integração do Brasil com aquele país e de uma possível agenda, em Rio Branco, entre os presidentes Jair Bolsonaro e Martin Vizcara, do Peru, em novembro desse ano. O senador Márcio Bittar (MDB) integra a comitiva do governador ao país vizinho.

Conversas suspeitas

Petistas do Acre, como de resto em todo o país, estão em festa desde a manhã desta segunda-feira (10), quando surgiram as primeiras informações sobre a troca de mensagens e conversas entre o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o procurador da República Deltan Dallagnol, durante as investigações envolvendo o ex-presidente Lula e que culminaram com sua prisão. Avaliam que, a partir do que está sendo divulgado, que mostra a ação das duas autoridades de forma promíscua para levar o ex-presidente à cadeia, fará aumentar a pressão em torno das manifestações do “Lula Livre” e que a liberdade está mais perto.

Prisão agilizada

O Intercept Brasil publicou, no domingo (9), quatro reportagens de um vazamento de conversas de procuradores da Lava Jato e o então juiz Sérgio Moro. Segundo o veículo, a conversa foi enviada por uma fonte anônima “bem antes da notícia da invasão do celular do ministro Moro”. De acordo com as mensagens divulgadas, Dallagnol conversava com Moro sobre apreciação de denúncias da Lava Jato com urgência, com intuito de agilizar prisão de investigados, incluindo Lula.

Condenação antecipada

De acordo com os petistas, como o presidente do diretório regional do PT, Cesário Braga, a troca de mensagens entre Moro e Dallagnol publicadas em reportagens do site Intercept Brasil mostram “discussões internas e atitudes altamente controversas, politizadas e legalmente duvidosas da força-tarefa da Lava Jato”. De acordo com os petistas, isso mostra que havia firme decisão para que Lula fosse preso mesmo antes da conclusão das investigações o envolvendo com o sítio de Atibaia ou com o caso do Triplex no Guarujá.

Anulação no STF

O vazamento dessas conversas devem reforçar a ideia de novas manifestações de ruas por todo o país exigindo a liberdade do ex-presidente. Junto ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), a defesa de Lula deve reforçar a ideia da urgência de sua liberdade a partir da progressão de regime e, em outro campo, no Supremo Tribunal Federal (STF), o trabalho será em torno da anulação em torno das decisões de Moro e de Dallagnol.

CPI para Moro

Em Brasília, no Congresso, já se fala em CPI contra Moro e Dallagnol. Aliás, o assunto cresceu nas últimas horas e analistas do Congresso já começam a apontar que a bancada de apoio ao presidente Jair Bolsonaro quer manter-se minimamente afastada da confusão criada pelo vazamento das declarações do atual ministro e o procurador da República. Quem conhece Brasília, não tem dúvida: com CPI ou não, uma possível ida de Moro para o STF como ministro, como já anunciado por Bolsonaro, subiu no telhado.

Bode na sala

O escândalo envolvendo o ministro Sérgio Moro e o procurador Dallagnol caiu como uma cabeça de bode no principal gabinete do Palácio do Planalto e passou a causar medo ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, de que isso paralise a Reforma da Previdência. Era o que informava a deputada Perpétua Almeida (PC do B), única da bancada do Acre a se posicionar contra a proposta e também a única a fazer defesa dom ex-presidente Lula. Ela acha que o vazamento das conversas de Moro e o procurador pode resultar em CPI.

Vagner recorre

Por aqui, o ex-prefeito e secretário extraordinário de Articulação Política, Vagner Sales, já avisou que vai recorrer da decisão judicial que o qualificou como ficha suja e inapto a contratar com o serviço público por cinco anos por ter sido condenado por improbidade administrativa. Sales disse que a causa da condenação, um conta de energia elétrica consumida e não paga pela Prefeitura de Cruzeiro do Sul, sob sua administração, foi herdada de administração anterior e que, antes de deixar o cargo, ele negociou os débitos.

Promulgação e queda

Qualquer que seja a decisão da Justiça sobre o ex-prefeito, sua situação é cada vez mais difícil parta permanecer no cargo de secretário extraordinário de Gladson Cameli. É que ele também pode ser alcançado por lei de autoria do deputado estadual Roberto Duarte (MDB), a ser sancionada pelo governador, estabelecendo que condenados por improbidade, os chamados fichas sujas, não podem exercer cargos no governo. Se promulgar a lei, como sinaliza o governador, Vagner terá que ser demitido.

Vingança

Mas aí reside outro problema: marido da deputada estadual Antônia Sales e pai da federal Jéssica, Vagner, se cair, cai atirando. Pelo menos é o que tem deixado a entender entre seus interlocutores. E se atirar é contra o governo. É possível que ele nem tenha munição contra o governo, mas, através das suas parlamentares, deve tentar manobras no parlamento estadual e federal contra o governador Gladson Cameli. Dizem que Sales, em matéria de vingança, é imbatível.

Pacto em Sena Madureira

Em Sena Madureira, no último final de semana, o deputado Gerlen Diniz (Progressistas), com a ex-prefeita Toinha Vieira (PSDB) e o ex-prefeito Mano Rufino se encontraram em claro, discutiram a sucessão municipal. Se se mantiverem unidos e marcharem assim para a campanha eleitoral, vão fazer eriçar os pelos do prefeito Mazinho serafim, que é candidato à reeleição.

Mantenha distância

Por falar em Mazinho Serafim, essa briga entre o prefeito e o radialista conhecido como “Cachorrão”, conforme antecipado aqui pela coluna, pode não acabar bem. Os dois trocam acusações as mais rasteiras possíveis e ambos dizem que não abrem um milímetro para o outro. Como ambos são tidos como valentes, convém os incautos se mantiverem afastados caso os dois se encontrem.

Governador de novo!

E o deputado Nicolau Júnior (Progressistas), presidente da Assembleia Legislativa, é governador em exercício a partir desta terça-feira (11). O governador Gladson Cameli está em Lima, no Peru, e o vice Wherles Rocha, em Brasília. Jr. é governador pela sétima vez em menos de seis meses de mandato. A continuar assim, vai bater um recorde.

Manuel Machado

Aliás, quando era presidente da Assembleia Legislativa, sob o governo de Flaviano Melo e do vice Édson Cadaxo, o então deputado Manuel Machado assumiu a interinidade do governo do Estado por tantas vezes que, ao perder o mandato e o poder, entrou na Justiça requerendo a pensão de governador. Mesmo que haja promessas do governador atual, Gladson Cameli, de acabar com a pensão, Manuel Machado continua a brigar pela sua.

Uma primeira-dama diferente

A visita da primeira-dama Ana Paula Correa Cameli, ao lado do governador Gladson, às vítimas daquela explosão num barco ancorado em Cruzeiro do Sul, no rio Juruá, internadas em Rio Branco, mostra bem o seu perfil. Até aqui, Ana Paula tem fugido do estereótipo de que a função de primeira-dama é para chás e conversa furada com dondocas e madames. Pelo que tem feito até aqui, como no caso daquelas adolescentes vacinadas contra o HPV e que acabaram doentes, e agora na explosão em Cruzeiro do Sul e em outras ações, vemos que temos uma primeira-dama atuante e verdadeiramente preocupada com as questões sociais.

Última bolacha

Adulado mais que moça rica para ser levada ao altar, o ex-reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Minoru Kinpara, continua naquela de fazer vistas grossas a todos os partidos que o têm convidado para ser seu candidato a prefeito ano que vem. Os convites são tantos que alguns partidos, notadamente os chamados “nanicos”, já demonstram alguma mágoa com o professor oriental, porque entendem que o ex-reitor está se achando a última bolacha do saco achado no deserto. Acham que ele precisa baixar a bola.

Sem bandeira e perseguição

O governador Gladson Cameli, ao participar de seu programa semanal na Rádio Aldeia FM, na manhã desta segunda-feira (10), disse, antes de embarcar para Lima, no Peru, que não vai admitir, na campanha eleitoral do ano que vem, servidor público balançando bandeira de partidos ou candidatos, obrigados por secretários de Estado. O secretário que obrigar funcionário público a ir para a rua para esta atividade será demitido, disse Gladson Cameli. “O tempo da perseguição no Acre acabou”, disse.

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