Governadores do Acre e de Rondônia vão a Lima em busca de pacto com peruanos

Os governadores do Acre, Gladson Cameli, e Marcos Rocha, de Rondônia, embarcaram nesta manhã de segunda-feira (10) para Lima, capital do Peru. Os governadores vão se encontrar com membros da classe política e empresarial daquele país na primeira de uma série de tratativas que visam estabelecer um escritório conjunto de defesa de interesses econômicos dos dois estados e das duas nações e uma possível agenda em Rio Branco dos presidentes Jari Bolsonaro e Martin Vizcara, em novembro deste ano.

Os governadores vão se encontrar com membros da classe política/Foto: ascom

Acompanham os dois governadores o senador Márcio Bittar (MDB-AC) e outros representantes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal. Foi por iniciativa de Márcio Bittar que o a CRE do Senado aprovou a criação de uma comissão externa para, no prazo máximo de 90 dias, realizar uma visita oficial ao Peru, que está acontecendo agora e que deverá redundar em novos encontros de parlamentares e governadores dos estados envolvidos nos debates – Acre e Rondônia – com o presidente peruano.

Antes do embarque para Lima, Marcio Bittar se encontrou com o embaixador peruano no Brasil, Javier Verdeguer. O senador tem defendido que os ministérios das relações exteriores dos dois países se empenhem na formalização de acordos de liberalização do comércio e cooperação fronteiriça. O senador defende que um acordo com a nação andina será essencial para o desenvolvimento de toda a região Norte brasileira, especialmente de seu estado, o Acre. “A integração terá um impacto forte na exportação de produtos brasileiros de forma mais efetiva e barata. Um acordo com o Peru fará com que nossos produtos cheguem mais rapidamente aos grandes mercados da Ásia, como a China, que é a nossa maior parceira comercial. Além disso, o próprio Peru tem apresentado um dinamismo econômico consistente nos últimos anos”, disse Márcio Bittar.

Senador Márcio Bitrtar vai acompanhar a comitiva/Foto: reprodução

Em Lima, Gladson Cameli e Marcos Rocha vão defender a formalização desses acordos porque representam os dois estados brasileiros mais próximos do Peru e têm interesse de exportarem seus produtos para a Ásia a partir dos portos peruanos de Matarani e de Ilo. Esses portos aproximam o Brasil da China em pelo menos 15 mil milhas náuticas em comparação aos portos brasileiros de Santos, em São Paulo, ou de Paranaguá, no Paraná. Por conta disso, o Peru é um país estratégico nos esforços da China de atuar junto a autoridades brasileiras e peruanas para viabilizar a construção da Ferrovia Bioceânica, atravessando os dois países sul-americanos. Márcio Bittar defende que a Ferrovia ligue o Acre ao Peru pela região do Vale do Juruá como continuidade da BR-364

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