O governo do Estado, por meio da Secretaria da Casa Civil, prepara uma grande programação para celebrar os 57 anos de elevação do Acre Estado. Antes Território após a Revolução Acreana, o Acre só se tornou Estado em 1962, quando a lei federal 4.070 foi sancionada.
A festa começa neste sábado, 15, às 16h30, na histórica Gameleira, às margens do Rio Acre, com a troca da bandeira, onde o governador Gladson Cameli passará em revista às tropas da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. E em seguida, será feita a troca da bandeira do Mastro da Gameleira, um dos maiores símbolos do Acre.
Mas além da tradicional solenidade, a programação do Acre Estado terá exibição de documentários no Cine Recreio com quatro sessões a partir das 10 horas. E a partir das 18 horas, a Gameleira se torna palco de apresentações das quadrilhas Matutos da Roça e Amor Junino, além da presença de um DJ com músicas juninas.
Tudo isso ainda com uma praça de alimentação com comidas típicas e exposição de artesanato acreano até o dia 16.
O Acre Estado
Situado na parte mais ocidental da Região Norte, o estado hoje tem seus habitantes distribuídos em cinco microrregiões – Brasileia, Cruzeiro do Sul, Rio Branco, Sena Madureira e Tarauacá –, onde estão localizados os 22 municípios do estado.
Composta por vários imigrantes, entre eles nordestinos e sulistas, o aumento populacional do Acre tem sido significativo – em menos de 70 anos a população passou de 79.768 para 733.559 habitantes (crescimento aproximado de 820%). E sua população indígena totaliza hoje quase 15 mil pessoas.
Durante o período de demarcações, a área foi considerada território boliviano e teve sua independência proclamada pelo diplomata Luiz Galvez, que governou como imperador, representando os brasileiros migrantes e seringueiros. A Revolução Acreana, próximo episódio, recupera o território para o Brasil pelo Tratado de Petrópolis, sendo finalmente elevado a Estado em 1962.
O Acre deixou de ser um território e foi elevado à categoria de Estado com a lei nº 4070, assinada por João Goulart. A proposta foi do deputado Guiomard Santos e é o ápice da luta do Movimento Autonomista.