A liberdade do policial militar Alan Martins, solto a partir de uma audiência de custódia gerou protestos na manhã desta terça-feira (11) na frente da sede do Ministério público do Estado do Acre (MPAC). A manifestação partiu de familiares da menina Maria Cuane, morta aos 11 anos de idade, numa ação da Polícia Militar, no bairro Preventório, no ano passado, de cuja ocorrência o policial participou e foi apontado como o portador do rifle do qual partiu o tiro que matou a garota. Familiares da dona de Casa Silvinha Pereira da Silva, morta após um acidente de trânsito no qual o policial foi o causador, também participaram do manifesto.
O pai da menina Maria Cuane, José da Silva, 36 anos, voltou a dizer que a Polícia Militar agiu de forma a proteger o assassino de sua filha. “Ela estava com amiguinhos na rua quando os policiais chegaram atirando”, disse José. “Eles disseram depois que o tiroteio foi uma reação ao um ataque de facção, mas isso não é verdade. O que houve foi despreparo e o causador da tragédia da minha família foi este policial”, acrescentou.
Alan Martins estava preso desde o último dia 31 de maio pela morte da dona de casa Silvinha Pereira, colhida em cheio por um carro dirigido em alta velocidade pelo policial militar. A mulher estava numa moto pilotada por seu marido. Os dois ficaram gravemente feridos, mas o homem sobreviveu.
“Este homem não pode ficar em liberdade,. Ele é a causa do desespero de pelo menos duas famílias e não pode ficar impune”, disse o pai de Caune, José da Silva.