ContilNet Notícias

Rocha representa Gladson Cameli na 5ª Reunião do Fórum de Governadores em Brasília

Por TIÃO MAIA, DO CONTILNET

O vice-governador Wherles Rocha representa o governador Gladson Cameli nesta terça-feira (11) em Brasília na 5ª Reunião do Fórum de Governadores com os líderes do governo de Jair Bolsonaro nas negociações envolvendo a Reforma da Previdência em tramitação na Câmara dos Deputados. Os governadores ou seus representantes estão sendo chamados a Brasília porque, com a proximidade da apresentação do relatório da Reforma da Previdência, prevista para esta semana na comissão especial da Câmara que analisa a proposta, crescem a pressão e a expectativa de estados e municípios para permanecer no texto, como proposto originalmente pelo governo.

Governadro Major Rocha?Foto: reprodução

Rocha informou que os governadores vão debater a divulgação antecipada de uma carta pública na última quinta-feira (6) pelo Fórum, a qual desagradou alguns governadores da Região Nordeste. O documento ressalta a importância de os estados serem garantidos no texto por causa do déficit nos regimes de aposentadoria e pensão de seus servidores. Apesar da assinatura de sete dos nove chefes do Executivo da região, eles negam que tenham dado o “de acordo” ao documento. A reação veio no mesmo dia, por meio de outra carta, assinada por todos os governadores nordestinos. Nela, além do ponto comum que estava na carta do Fórum, eles acrescentaram pontos específicos que querem ver retirados da proposta, como as mudanças no Benefício de Prestação Continua (BPC) e nas aposentadorias rurais. Eles questionaram também a desconstitucionalização da Previdência e o sistema de capitalização, no qual se baseia o regime futuro de Previdência.

A pauta, previamente distribuída, do encontro em Brasília é extensa: prevê discussões em torno de temas que afetam diretamente o caixa dos governadores. Entre os temas estão o chamado de Plano Mansueto – pacote de ajuda aos estados em dificuldades financeiras – a Lei Kandir, Cessão Onerosa/ Bônus de Assinatura além da PEC 51/19, que trata da ampliação do Fundo de Participação dos Estados (FPE) no Orçamento da União e do Novo Marco Legal do Saneamento Básico. A lista também traz a reforma da Previdência, que deve dominar a maior parte da reunião. Embora o déficit previdenciário dos estados ultrapasse os R$ 90 bilhões por ano, líderes da Câmara resistem em aprovar regras mais duras para aposentadorias de servidores estaduais e municipais. No Congresso, a avaliação dos que resistem à ideia é de que governadores e prefeitos não podem transferir para deputados e senadores o desgaste político de medidas impopulares nos órgãos legislativos.

Sair da versão mobile