O secretário de Educação, Cultura e Esporte do Acre, Mauro Sérgio Cruz, garantiu à reportagem do ContilNet nesta última semana que o prédio da escola de ensino fundamental Instituto Santa Juliana, em Sena Madureira, será revitalizado após a instalação de uma comissão e liberação de emendas parlamentares.
De acordo com o secretário, a equipe é formada por profissionais da arquitetura, engenharia, membros da Diocese de Rio Branco e pessoas que acompanharam de perto a história do símbolo cultural do município.
O prédio completará 100 anos de história em 2023/Foto: Reprodução
“É nossa meta a reforma. Já conversamos com alguns parlamentares e reunimos o grupo para articular os próximos passos a serem tomados. O projeto em seguida será montado e por fim, captaremos os recursos em forma de emendas parlamentares”, explicou.
A futura construção contará com o apoio do senador Márcio Bittar (MDB). A estimativa é de que no próximo ano o colégio já comece a receber os primeiros trabalhos de reconstrução.
Em 2023, a escola completará 100 anos de história. Grande parte das autoridades acreanas e figuras públicas estudaram na instituição, que em seus primeiros anos foi conduzida por freiras da Ordem Servos de Maria (OSM).
INTERDITADA
O instituto foi declarado patrimônio histórico e teve a sua estrutura tombada e desativada no ano de 2014, pelo Corpo de Bombeiros.
Em 2015, a jornalista Wania Pinheiro, do site ContilNet, fez uma visita ao local e registrou o abandono e as condições precárias da edificação.
Como forma de atender a clientela de mais ou menos 700 alunos, um anexo do prédio, na lateral, foi usado para as novas instalações da instituição.
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HISTÓRICO DO INSTITUTO SANTA JULIANA
O Instituto Santa Juliana é uma escola de Ensino Fundamental e Médio mantida pelo Poder Público Estadual. A instituição foi inaugurada em 7 de setembro de 1922 pelos Servos de Maria. Funcionava inicialmente em uma casa de madeira do Dr. Virgulino de Alencar, Juiz de Direito.
Santa Juliana foi fundado em 1922, em Sena: Foto: Blog Alma Acreana
Inicialmente, a escola funcionava com os antigos ensinos Primário e Ginásio, tendo como professores as próprias Irmãs e outros professores de renome. Recebia alunos de quase todo o Estado, que estudavam sob o regime de internato.
Em 27 de outubro de 1936 o Instituto Santa Juliana foi fechado e as Irmãs Servas de Maria Reparadoras retornaram à Itália. Após cinco anos, em 1º de julho de 1941, o estabelecimento de ensino foi reaberto em regime de internato e externato para meninas, novamente sob a direção das Irmãs Serva de Maria Reparadoras.
Em 1969, a escola oferecia os cursos de Jardim de Infância, Primário e Normal Regional. Administrado pelas Irmãs até dezembro de 1977, teve como última diretora a Irmã Maria Marinella Brizzi.
Em janeiro de 1978, a Diocese fez um acordo com a Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Acre, no qual as partes concordaram que o governo assumiria toda a responsabilidade pelo funcionamento da instituição de ensino.
Em 1980 a escola foi fechada novamente por falta de condições físicas e todos os estudantes transferidos para a escola Eliziário Távora. Foi então que em 1985, graças aos esforços dos Padres Paolino Maria Baldassarri e Heitor Maria Turrini, que sempre mantiveram o ideal de reabertura da escola, conseguiram a reforma do Instituto junto à comunidade.
Após funcionar como escola de Ensino Médio e Fundamental, atualmente, o Instituto Santa Juliana, de propriedade da Diocese de Rio Branco, tem seu registro reconhecido e ratificado pelo Governo do Estado sob o Decreto nº 8.721, de 1º de outubro de 2003, como escola de Ensino Fundamental. A direção do Instituto é exercida pela professora Arthuriette Gonçalves de Oliveira, reeleita pela comunidade escolar em 2016.
O histórico do Instituto Santa Juliana foi elaborado pela direção e professores da instituição, que completará 94 anos no dia 7 de setembro deste ano.
