Senador do Acre declara voto à favor do decreto das armas de Jair Bolsonaro

O “decreto das armas” de autoria do presidente Jair Bolsonaro e que vai à votação na tarde desta terça-feira (18) no plenário do Senado Federal, terá o apoio irrestrito do senador Márcio Bittar (MDB-AC). O decreto regulamenta o Estatuto do Desarmamento flexibilizando aos brasileiros a oportunidade de uso e porte de arma, uma promessa de Bolsonaro desde a campanha eleitoral e com a qual Márcio Bittar disse concordar integralmente. Na votação, o que está em jogo é o próprio decreto, já que os senadores terão que analisar e votar um decreto legislativo de autoria do senador Randolfo Rodrigues (REDE-AP) que, se aprovado, anularia por completo a proposta do presidente.

Senador Márcio Bittar diz ser a favor do decerto das armas/Foto: ascom

Dos três senadores pelo Acre, só Márcio Bittar abriu o voto em favor da proposta. O senador Sérgio Petecão(PSD) para manifestar preocupação em relação à votação. Disse que ficou surpreso com a atenção em torno da proposta e que procurou ouvir diversas pessoas para formar sua convicção e voto. Petecão teve o pai assassinado a tiros quando tinha 14 anos de idade e admite que o episódio o marcou para o resto da vida em relação às armas de fogo e é provável que seu voto, apesar de sua aliança com Bolsonaro, deve ser contra. A senadora Mailza Gomes (PP) não manifestou-se sobre o assunto.

O próprio Bolsonaro apelou nesta manhã para que os senadores não deixem seu decreto morrer no Senado. “Nossa vida é muito importante”, disse o presidente durante o lançamento do Plano Safra 2019, uma solenidade no Palácio do Planalto à qual compareceram deputados e senadores ligados ao agronegócio, os chamados “ruralistas” que apoiam o decreto integralmente. “Quero fazer um apelo aos deputados e senadores presentes”, disse o presidente à bancada da agricultura. “A segurança no campo é uma coisa séria, e nós ampliamos o decreto em todo o perímetro da propriedade de vocês. É algo importantíssimo pra vocês”, argumentou.

Márcio Bittar disse respeitar as opiniões contrárias, mas reafirmou que seu voto será favorável. “´Eu voto por convicção porque sempre defendi isso”, disse. “No Brasil, há tempos vem sendo difundida uma ideia de que liberar arma para o cidadão comum, aquele de ficha limpa e cidadão de bem, isso significa automaticamente o aumento da violência. Não levam em consideração que esse cidadão está desvantagem diante do marginal, do bandido armado, que não está atrás da liberação de arma porque ele age na ilegalidade, à margem da lei e não precisa da aprovação de ninguém. O que aconteceu no Brasil comprova a ideia de que a arma na mão das pessoas de bem aumentaram os índices de violência? Não, ao contrário. O que fizeram os governos passados, notadamente do PT? Fizeram uma ampla campanha para desarmar a população, inclusive pagando para quem entregasse sua arma, e o que aconteceu no Brasil? A violência explodiu. Por isso eu voto a favor do decreto”, acrescentou.

 

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