Vice-governador Rocha não esconde satisfação por sancionar lei da “ficha limpa”

Nome na história

Quem priva da intimidade ou mantém boas relações com o vice-governador Wherles Rocha revela que ele não consegue disfarçar a alegria e a satisfação por ser sua a assinatura na sanção governamental na lei aprovada pela Assembleia Legislativa, de autoria do deputado estadual Roberto Duarte (MDB), proibindo o exercício de cargos públicos por pessoas condenadas por improbidade administrativa, os chamados fichas sujas. A lei foi sancionada na semana passada, quando o governador Gladson Cameli estava em viagem oficial ao Peru e ele, Wherles Rocha, no exercício do governo. Rocha está convencido de que escreveu seu nome na história do Estado.

Foi preciso coragem

A sanção da nova lei atingiu, e em cheio, o ex-prefeito Vagner Sales, que foi obrigado a pedir exoneração do cargo de secretário extraordinário de Articulação Política. Mesmo com a queda do aliado, Rocha não deixou de elogiar a lei e fez questão de lembrar que, antes de sancioná-la, consultou o governador Gladson Cameli, que manteve o mesmo entusiasmo. De acordo com o vice-governador, os interessados em exercer cargos públicos, mesmo os aliados, devem compreender que o país está mudando e exige novas práticas de quem participa da gestão pública. E disse que poucos estados do país tiveram a coragem de criar uma lei similar.

Sem vagabundos

Ainda sobre o vice Rocha, ele acaba de anunciar que vai criar, em Cruzeiro do Sul, um escritório da vice-governadoria do Estado para o Juruá. Disse que ali despachará pelo menos uma semana de cada mês. Quando alguém o lembrou que a experiência não era inédita e que havia sito montado um escritório, no governo de Jorge Viana, com o mesmo propósito e que a população local logo apelidou de “Casa dos Artistas”, em alusão a um programa de TV do Sílvio Santos em que os ocupantes passavam o dia no local sem fazer praticamente nada, Rocha reagiu: – “vai ser um escritório diferente, porque aqui não haverá vagabundos”.

Documento autêntico

A propósito de ficha suja ou limpa, na semana que passou, o ex-presidente do Acreprevidência, Alércio Dias, veio a público exibindo uma certidão negativa de condenação por improbidade administrativa – aconditio sine qua non que o ejetou do cargo para o qual o governador Gladson Cameli nomeou-o no início do governo e teve que exonerá-lo por recomendação do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). O documento apresentado por Alércio Dias parece autêntico e por isso houve quem indagasse as razões pelas quais ele não o apresentou quando começaram os questionamentos.

Fora da disputa

“Estou fora!”. Foi assim que o procurador de Justiça Oswado D’Alquerque Lima Neto, ex-chefe do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), manifestou-se ao negar que seja candidato à recondução ao cargo, nas eleições de setembro deste ano. Disse que, na época, estará assumindo cargo de conselheiro no Conselho Nacional do Ministério Público e assim ficará impedido do exercício do cargo. “Além disso, acho que já dei minha contribuição”, disse.

Explicações na Assembleia

Nos bastidores, continua o debate sobrea  ida ou não da secretária de Saúde, Mônica Feres, à Assembleia Legislativa. Ela deve explicar-se aos deputados sobre como, quando e por onde deve começar o plano para resolver o caos no sistema de saúde do Estado. O líder do Governo na Assembleia, deputado Luis Tchê (PDT), parece favorável à ida da secretária. O requerimento deve ser de autoria do deputado Genilson Leite (PC do B), que é médico e de oposição.

Quem entra na chuva…

A sabatina, se acontecer, será um teste de fogo para a secretária Mônica Feres, a qual, até aqui, tem demonstrado muita segurança quando fala tecnicamente, sobre gestão. O teste é para saber se ela tem traquejo político suficiente para enfrentar deputados, alguns, de oposição, experientes e cheios de pegadinhas capazes de enrolar até os mais experientes secretários. Mas, quem ocupa cargo político, tem que estar preparado para isso. Afinal, como diz o velho ditado, quem entra na chuva, é para se molhar.

Helicóptero de Moro

Governador Gladson Cameli se encontra nesta terça-feira (18), em Brasília, com o ainda superpoderoso ministro da Justiça, Sérgio Moro. Vai discutir o policiamento e a segurança pública nas áreas de fronteira. Isso, num momento em que do outro lado da fronteira, na Bolívia, o presidente Evo Morales está botando para derreter no narcotráfico. Do ponto de vista prático, do encontro com Moro, Gladson Cameli deve arrancar mais um helicóptero para ser utilizado pelo Estado na região do Vale do Juruá. O novo helicóptero ficará baseado em Cruzeiro do Sul.

Pagamento antecipado

Nem tudo é má notícia lá para as bandas de Tarauacá. A prefeita de Tarauacá Marilete Vitorino (PSD) acaba de anunciar o pagamento antecipado de 50% do décimo terceiro salário para os servidores municipais. O pagamento começará a sair até o dia 21 de junho. De acordo com a prefeita, o adiantamento ajudará a aquecer a economia local e os servidores e terão um fôlego financeiro já no meio do ano. A parcela vai ser depositada na conta dos servidores ativos.

Muro da discórdia

Continua a queda de braço entre o casal de políticos Perpétua Almeida (deputada federal) e Edvaldo Magalhães (estadual), do PC do B, com setores do Judiciário por causa do muro no Condomínio Ipê, em Rio Branco, pintados com belas gravuras com ícones da política e da cultura, como Chico Buarque, Belchior, Frida Kallo ou Che Guevara. Condenado a apagar as gravuras por decisão judicial (o presidente do Condomínio Ipê, ex-deputado Osmir Lima, os denunciou à Justiça como reles pichadores), o casal está resistindo. Pelo menos até a manhã desta segunda-feira (17).

“Maluco Beleza”

A propósito, o deputado Edvaldo Magalhães veio a público, sobre o assunto, para dizer que está aguardando desdobramento judicial. E provocou: “Vai ter Raul”, provavelmente uma evocação ao “Maluco Beleza” que encantou multidões nos anos 70 como o maior cantor de rock do Brasil. Significa que Magalhães está recorrendo e cônscio de que vai ganhar a queda de braço.

Vossas excelências

Sugestão da coluna ao casal Perpétua e Edvaldo: em caso de derrota judicial, que ponham então no muro as caricaturas dos desembargadores do egrégio Tribunal de Justiça. Ficariam uma graça, com certeza. E o Osmir Lima, por certo, não implicaria com as vossas excelências, por razões óbvias.

Motoristas vencem

Por falar em Justiça, os motoristas de aplicativos que atuam na cidade ganharam a queda de braço com a Rbtrans, autarquia municipal. Com a decisão, eles não podem mais ser multados e podem trabalhar tranquilamente. Houve festa entre membros da categoria.

Amazônia divina

A visita do Papa Francisco a Puerto Maldonado, no Peru, na fronteira com o Acre, em 2018, rendeu um documento chamado “Instrumentum Laboris” e publicado pelo Vaticano na manhã desta segunda-feira (17), que traduzido quer dizer algo como Instrumento de Trabalho. No texto, está claro que o mundo amazônico pede ajuda à Igreja para que esta seja sua aliada na luta por sua preservação. Após a visita do Papa, o desdobramento foi um processo de escuta e consulta ao chamado Povo de Deus em toda a Região Amazônica e se concluiu com a II Reunião do Conselho Pré-Sinodal, em maio passado.

Desarmamento em votação

Em Brasília, a pauta de votações do Senado para esta terça-feira (18) será aberta com o projeto (PDL 233/2019) que susta o decreto do governo que amplia as possibilidades de porte de arma (Decreto 9785, de 2019). O projeto foi aprovado, em conjunto com outras seis propostas, na última quarta-feira (12) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, foi feito um acordo com as lideranças para que a matéria, de iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), seja apreciada no Plenário nesta terça.

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