Ícone do site ContilNet Notícias

Acordo entre facções: chave da queda de mortes violentas

Por THIAGO CABRAL, DO CONTILNET

O site do jornal espanhol “El País” publicou nesta sexta-feira (26) uma reportagem que aponta como principal causa da diminuição do número de mortes violentas no país pactos de não-agressão entre as principais facções criminosas do país.

Os dados foram divulgados nos últimos dias pelo Monitor da Violência, projeto do portal G1 em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo e o governo Bolsonaro tem tentado levar sozinho o crédito por essa diminuição de crimes.

Mas de acordo com os especialistas ouvidos na reportagem, a tendência de queda vem desde 2018, quando a tensão entre as facções rivais começou a diminuir.

Em um trecho da reportagem, o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Paes Manso, diz que a baixa nos números se dá pela própria dinâmica do mercado de drogas. “Tem muita grana envolvida, e conflito significa custo. E se existe violência, a sofisticação do mercado faz com que também exista pragmatismo, algo que antes não existia. É um volume maior de drogas, um mercado consumidor maior e empresários mais pragmáticos”, explica.

Quem também fala na reportagem e rebate a comemoração por parte do Governo Federal é coronel da reserva e ex-chefe do Estado Maior da PM do Rio de Janeiro, Robson Rodrigues. “O homicídio é um fenômeno muito complexo para você atribuir a fatores tão reduzidos. São um conjunto de fatores impactando e não envolve apenas a ação governamental. O que causa estranheza é o Governo Federal atribuir para si ações feitas pelos Estados e que podem estar contribuindo para essa queda, sem nem ter identificado os fatores que levaram a isso. Também é prematuro porque não existe hoje nenhuma política mais efetiva, só discurso e alguns desenhos que até são interessantes”, disse.

Veja a reportagem completa clicando AQUI.

Sair da versão mobile