Os desafios das indústrias de confecções do Estado foram o tema principal de um encontro realizado na tarde da última quarta-feira, 24, na sede da FIEAC, em Rio Branco. Durante a reunião, os próprios empresários puderam externar os maiores problemas e necessidades do setor, além de discutir ideias e oportunidades para fortalecer o segmento.
A programação do evento contou, ainda, com a apresentação do portfólio de produtos e serviços da FIEAC para o setor de confecções, além do detalhamento do Plano Plurianual do Sebrae. Na abertura do encontro, o presidente da Federação das Indústrias, José Adriano, relatou que a instituição está iniciando uma programação que visa uma maior aproximação com os sindicatos patronais.
“Teremos uma série de encontros que iniciamos nesta oportunidade pelo Sindicato das Indústrias de Confecções (Sincon). Nossa ideia é que todos interajam com ações e projetos da FIEAC e do Sebrae. O entendimento é de promovermos um associativismo que tenha representação significativa e que as ações tratadas pelos sindicatos patronais cheguem a todos os empreendedores”, destacou José Adriano.
Em seguida, representantes do SENAI e da FIEAC detalharam, entre várias ações voltadas para o setor de confecções, que a Escola SENAI Cel. Auton Furtado, que está em fase final de revitalização, passará a contar com três modernos laboratórios para o ramo: modelagem e corte, costura industrial e cad vestuário. Além disso, o SENAI está em processo de aquisição do ‘Audaces’, software para modelagem de roupa com tecnologia avançada, e também lançará, nos próximos meses, o primeiro curso Técnico em vestuário do Acre.
Já o diretor-técnico do Sebrae no Acre, Lauro Santos, detalhou aos empresários o Plano Plurianual do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e explicou de que forma a instituição pode ajudar a fortalecer o segmento de confecções.
“São gerados milhares de empregos neste setor. Para nós, do Sebrae, significa um segmento de futuro para investirmos. Por isso pedimos que nos mostrem o que esperam para 2020, como, por exemplo, consultorias, capacitações e participação em feiras nacionais com nosso apoio. Temos serviços diversos para oferecer, ensinamos a acessar linhas de crédito, capital de giro, simular retorno. O nosso PPA está começando agora. Tenham o Sebrae como um grande parceiro. Queremos ajudar todos vocês a melhorar, inovar e gerar mais empregos”, enfatizou Santos.
Após serem divididos em grupos de trabalho para discutirem os desafios e oportunidades do ramo, foram colocadas entre os problemas questões relacionadas à carga tributária, burocracia e falta de incentivos fiscais. Já os caminhos e soluções apontaram para promoção de encontros e rodadas de negócios, realização de feiras nos municípios, participação em eventos nacionais têxtil, compras governamentais, estudo de viabilidade para aquisição de matéria-prima no Peru, qualificação para quem atua no segmento, linha de crédito com menos burocracia, entre outros.
De acordo com a diretora da FIEAC e empresária do setor de confecções, Raimunda Holanda, as demandas levantadas pela categoria irão basear um diagnóstico e as soluções serão buscadas com apoio da Federação das Indústrias, do Sebrae e junto ao poder público. “Nosso objetivo é assegurar melhorias para o nosso segmento. Encontros como esse nos motivam a buscar cada vez mais fortalecer o setor de confecções acreano”, assinalou a empresária.