O principal suspeito de matar colega de trabalho em uma fazenda no interior de Pando (Bolívia) na manhã da segunda-feira, dia 8, se apresentou na tarde desta quarta-feira, dia 10, com a presença de uma advogada na delegacia do município de Epitaciolândia.
Entenda: Acreano de 36 anos é morto com tiro de espingarda na cabeça em fazenda na Bolívia
Antônio Wanderley Rufino de Castro, de 48 anos, contou ao delegado Luís Tonini, sua versão dos fatos que o levou a utilizar uma espingarda calibre 20, para atirar na cabeça do colega de trabalho, identificado por Davi Jerônimo de Lima (36), para depois fugir para a cidade de Epitaciolândia, onde mora.
O motivo foi uma confusão envolvendo bebidas após o jogo da final da Copa América. Antônio comentou que estava sob efeito de álcool e que já não aguentava o comportamento de Davi, que sempre o tratava mal com ofensas e até agressões, mostrando um ferimento na cabeça e arranhões em um de seus braços ocasionados pela vítima.
Comentou que teria levado Davi a pedido de seu pai, devido ser uma pessoa agressiva e acreditava que o trabalho na fazenda poderia lhe acalmar. Os dois estariam a cerca de 20 dias no lado boliviano até acontecer a tragédia.
Contou que após a confusão que acabou em agressão e ameaças de morte, teria ido em um local buscar a espingarda e quando retornou, aconteceu outra briga e foi quando, segundo ele, Davi partiu contra ele e efetuou o disparo lhe acertando a cabeça.
A primeira versão contada de que Antônio teria feito uma tocaia, foi negada dizendo que agiu em legítima defesa. O caso está em investigação no lado boliviano e brasileiro e o acusado irá esperar o pronunciamento da Justiça em liberdade.
O jornal oaltoacre.com conseguiu entrevistar Antônio na delegacia da cidade de Epitaciolândia, após dar seu depoimento ao delegado na presença do advogado. O delegado Luís Tonini também falou sobre o caso.