Quem anda de ônibus em Rio Branco precisa lidar diariamente com os diversos problemas do transporte público da Capital. Demora, falta de estrutura nas paradas, ônibus lotado e até veículos velhos. Mas comparado ao medo de assaltos esses problemas ficam em segundo plano. Só no primeiro semestre a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito, RBtrans, confirmou que 94 ônibus foram assaltados em Rio Branco. No último fim de semana foram quatro.
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Mas o problema foge do controle da RBtrans, que apela para a Segurança Pública pra tentar encontrar uma solução. Ainda no mês de março, o superintendente da RBtrans, Nélio Anastácio, procurou a cúpula da Segurança do estado para relatar a grande quantidade de assaltos aos coletivos. Segundo ele, houve um aumento no efetivo de policias e os assaltos até diminuíram, mas o efetivo foi reduzido e os arrastões voltaram. “Cabe sim à RBTrans encontrar soluções para dar tranquilidade, segurança e conforto aos usuários, mas principalmente, é responsabilidade dos setores de segurança trazer de volta a sensação de paz que há muito estamos esperando”, disse o superintendente.
No entanto, a situação afeta não somente os passageiros, os motoristas também ficam na mira nos bandidos. Um motorista que não quis se identificar e sofreu um desses assalto do fim de semana disse que vai abandonar o emprego, “não dá mais. Prefiro perder meu emprego a ter que conviver na incerteza se chego em casa com vida ou num caixão”, disse.
Os alunos da UFAC também não estão livres dos perigos de andar de ônibus na Capital. O presidente do DCE da instituição, Richard Brilhante, relatou em seu perfil do Facebook os constantes assaltos nas linhas que levam os estudantes até a universidade e fez uma apelo ao governador Gladson Cameli e ao vice-governador, Wherles Rocha.