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Repórter investigativo conta que Suzane Von Richthofen seduziu promotor e médico na prisão

Por G SHOW

O Conversa Com Bial desta quinta-feira, 11/7, recebeu o repórter investigativo Valmir Salaro e o historiador Boris Fausto para falar de crimes que ganharam notoriedade e causaram impacto, e até mesmo encanto, nos brasileiros. Galeria de Cristal, os dois Crimes da Mala, o Crime da Rua Cuba e casos mais recentes, como o Nardoni e VonRichthofen, foram lembrados no bate-papo com Pedro Bial.

O jornalista questionou o poder de sedução de Suzane Von Richthofen, condenada há 39 anos pela morte dos pais, que conquistou gente graúda durante a prisão.

“Conheço duas histórias: de um promotor de justiça e um médico. O promotor de justiça se apaixonou pela Suzane, no interior de São Paulo, e chegava a pedir para a diretora da cadeia tirar a Suzane da cela e levar para o gabinete que ele montou no Ministério Público como se fosse boate, com som, luz, lanche para ela”, lembrou Valmir.
“Um médico, que trabalhava em presídio em São Paulo, foi denunciado por carcereiros, funcionários, dizendo que ele protegia muito a Suzane. Ele levava pastel para ela, levava ela na clínica dentro do presídio”, completou o repórter.

Valmir Salaro conta que Suzane Von Richthofen seduziu promotor e médico na prisão — Foto: TV Globo

Valmir Salaro conta que Suzane Von Richthofen seduziu promotor e médico na prisão — Foto: TV Globo

A memória do brasileiro

Boris Fausto foi o primeiro a entrar na conversa. O historiador comentou por que alguns crimes seguem sendo lembrados por anos.

“São as coisas que impressionam muito as pessoas, tem um impacto muito grande, passam às vezes de pai para filho, de mãe para filha. Mas há crimes também que desaparecem e a gente precisa desenterrar porque eles são muito interessantes”.

Porém, o pesquisador lamentou que uma “amnésia” tem acometido os brasileiros quando se trata da história e política.

“É essencialmente uma operação dirigida com o objetivo de ocultar fatos que são desagradáveis para grupos e pessoas do presente que se encontram no poder.”
Segundo Fausto, não há como lutar contra fatos.

“Por exemplo, instalou-se no Brasil uma ditadura em 1964. Uma ditadura civil-militar. Isso é um fato. Podemos discutir se era indispensável essa ditadura nas condições da época, se pelo contrário ela representou um grave momento na história brasileira, mas não podemos discutir o fato que uma ditadura é uma ditadura e um regime democrático é um regime democrático.”

Boris lamenta que amnésia tem acometido brasileiros quando se trata da história e política

O Brasil deu errado?
Boris analisou o governo de Jair Bolsonaro e afirmou que não está instalado um regime autoritário. Porém, o historiador mostrou que possui preocupações com o futuro do país.

“Não estamos em um regime autoritário, sem dúvidas, mas estamos em uma escalada complicada e perigosa.”
Para Boris, não há dúvidas que o Brasil deu errado: “Nós caímos em um abismo muito grande com a redução do PIB, do desenvolvimento, o aumento do desemprego e que essa situação não se resolve em 15 anos”.

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