Desde a última terça-feira (23) que o sistema do Ibama para emitir o Documento de Origem Florestal (DOF) e outros documentos está fora do ar em todo o país, mas antes disso o sistema já estava operando com muita dificuldade, o que resultou em um prejuízo de quase um milhão de reais para o setor florestal do Acre, e esse número deve subir ainda mais, já que os empresários ainda vão precisar arcar com as multas que devem ser aplicadas por não cumprirem os prazos dos contratos de entrega da madeira.
Adelaide de Fátima/Foto: ContilNet
A presidente do Sindicato da Indústria Madeireira do Acre (Sindusmad) e vice-presidente da Junta Comercial do Estado, Adelaide Fátima Oliveira, disse que a promessa era que o sistema retornasse na quinta-feira (25), mas não foi o que aconteceu. Uma equipe do setor florestal está em Brasília e se reuniu com a presidência do Ibama, onde foi garantido que até esta segunda (29) o sistema voltaria a operar. O problema é que ele só está funcionando em alguns estados, e mesmo assim, parcialmente, já no Acre o sistema ainda está completamente inoperante.
Além de todo o prejuízo com diárias de motoristas que terão que ser pagas pelos empresários já que os caminhões com madeira não estão sendo liberados, a outra preocupação do setor é com relação as multas que serão pagas por não conseguirem cumprir os prazos de entrega. E a situação pode piorar ainda mais e os empresários também correm o risco de perder os contratos.
Fátima diz ainda que o Governo do Estado tem feito um grande esforço para resolver o problema, mas Brasília não tem demonstrado boa vontade em arrumar uma solução para o imbróglio.
No Brasil atual, que atravessa uma grave crise financeira, correr o risco de fechar as portas das empresas de um setor que gera mais de 3.000 mil empregos diretos e indiretos já é uma realidade.
