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Acre teve aumento de 434% de desmatamento entre julho de 2018 e de 2019, diz Imazon

Por THIAGO CABRAL, DO CONTILNET

Foto: Reprodução

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou nesta sexta-feira (16) um estudo em que aponta que houve um aumento de 15% de desmatamento na Amazônia Legal, que abrange nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, no último ano, em relacão ao período anterior. O monitoramento foi feito a partir do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).

Infográfico/ Arte: Imazon

Entre agosto de 2018 e julho de 2019 foram 5.054 km² de área desmatada, mas somente em julho deste ano foram 1.287 km², ou seja, 25% do total dos 12 meses.

No comparativo do mesmo período, os meses de julho de 2018 e 2019 o Acre teve um aumento de 50% de área degradada, que é a diminuição da cobertura vegetal, um “raleamento” das florestas, passando de 2 km² em julho do ano passado para 3 km² em julho deste ano e um aumento de 434% no desmatamento, que é à retirada completa da vegetação, passando de 35 km² para 187 km² no comparativo entre o mesmo período.

Em toda a Amazônia Legal o número de degradação em julho deste ano foi de 135 km² contra 356 km² no mesmo mês do ano passado, uma redução de -62%. Já no comparativo do desmatamento foram 777 km² em julho de 2018 e 1287 km² em julho de 2019, um aumento de 66%. Percentualmente o estado que mais degradou foi Rondônia, com um aumento de 269% e o que mais desmatou foi Roraima, com um aumento de 2.700%.

Em julho de 2019, a maioria (55%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (20%), Unidades de Conservação (19%) e Terras Indígenas (6%).

O estudo classificou ainda a cidade de Feijó, interior do Acre, como “município crítico”. O município teve 46 km² de desmatamento em julho e ficou em 5º no ranking das mais desmatadas. Boca do Acre, município do estado vizinho do Amazonas também está na mesma classificação crítica, com 31 km² e 9º lugar no ranking. Entre as unidades de conservação em situação crítica, aparece a Resex Chico Mendes, em 4º no ranking de unidades de conservação, com 16 km² de desmatamento.

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