Que a internet definitivamente transformou as relações humanas, ninguém tem dúvida. Com as redes sociais então, o espaço virtual virou palco para reality show 24h. Há quem tenha necessidade de compartilhar seu dia em detalhes, e vale (quase) tudo na hora de conquistar mais “seguimores”.
Sabe aquele ditado “a grama do vizinho é sempre mais verde”? Esse é o risco que se corre ao consumir a vida alheia nas redes: a gente sempre tem a sensação de que os outros tem a vida perfeita, o corpo perfeito, os melhores programas, os melhores amigos. É tão legal olhar alguém que alcançou a plenitude e só tem momentos bons.
SÓ QUE NÃO.
Não se engane! Tire por si mesm@, você posta tudo o que acontece de bom ou de ruim, ou apenas a fatia interessante para causar boa impressão? A parte desafiadora e dolorida, onde suamos para alcançar algum sucesso, dificilmente alguém vê. Então ficamos cada vez mais vulneráveis a cair no conto da felicidade instantânea, ou de que tudo o que acontece é por merecimento, ou por sorte. Estamos sendo sinceros e autênticos no nosso “personagem social”, ou estamos apenas acompanhando as influências para não destoar? Seguimos pessoas que nos identificamos como semelhante, ou pessoas que representam padrões distantes que nos ensinaram a idealizar?
Se me permitem um conselho, façam e refaçam esta reflexão sempre que se sentirem perdid@s com a velocidade de informações da vida moderna: quem sou eu quando ninguém está me vendo?
Sobre as autoras
Márcia Moreira, jornalista, assessora de comunicação, apresentadora de rádio. Ágatha Lim, multi-artista, mãe, criadora. Em comum, produtoras de conteúdo para mídias sociais, feministas, entusiastas da moda, amantes de cultura pop e millennials.
