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Após suspensão de Bolsonaro, conheça séries de TV com temática LGBTQ+

Por UNIVERSA

O Governo Bolsonaro decidiu suspender edital que selecionava produções independentes com temática LGBTQ+ para emissoras públicas de televisão, conforme texto publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (21). A justificativa seria a “necessidade de recompor os membros do CGFSA (Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual).

Na internet, internautas se pronunciaram sobre a medida. “Universidades quase fechando; Amazônia queimando há dias; Bolsas de Pesquisa sendo suspensas, mas, o problemão que todos nós devemos nos preocupar é com a exibição de filmes lgbt’s em tvs públicas”, criticou um seguidor no Twitter.

Enquanto se discute se a atitude seria censura, Universa reuniu elogiadas produções — algumas brasileiras — que estão debruçadas sobre temática LGBTQ+, feitas para TVs públicas ou não.

Super Drags

A série de animação adulta brasileira da Netflix traz três drag queens que lutam para defender os interesses da comunidade LGBTQ+. As heroínas são acionadas todas as vezes que algum homossexual é vítima de preconceito ou tem sua vida ameaçada por extremistas. Com vozes-originais de Pabllo Vittar, Wagner Follare, Sérgio Cantú, Fernando Mendonça e Guilherme Briggs.

Estação Plural

O programa, apresentado por Ellen Oléria, Mel Gonçalves e Fernando Oliveira, foi o primeiro a tratar do universo LGBTQ+ em rede aberta. Ele estreou em 2016 na TV Brasil, emissora da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), com debates sobre diversidade, direitos humanos e cidadania.

Transparent

A premiada série da Amazon estreou em 2014 trazendo um pai de família revelando para seus três filhos adultos o desejo de se assumir transgênero. Após quatro temporadas, e com a quinta confirmada, “Transparent” foi cancelada após o protagonista Jeffrey Tambor ser acusado de assédio sexual, e foi decidido que a história da série terminaria com um musical em longa-metragem, com data de estreia prevista para 27 de setembro.

Sense 8

A série da Netflix foi ao ar em 2015 com oito personagens de cultura e país diferente (exceto Will e Nomi, ambos americanos), mas que são mentalmente e emocionalmente ligados um ao outro. O projeto, o primeiro para a TV das irmãs transexuais Andy e Lana Wachowski, da trilogia “Matrix”, discute a temática LGBTQ+ com uma atriz trans, Jamie Clayton, que na ficção tem sua personagem Naomi sendo rejeitada pela família por se relacionar com uma mulher, e o ator mexicano Lito Rodriguez (Miguel Ángel Silvestre), que luta para esconder da mídia sua homossexualidade. Em 2016, inclusive, grande parte do elenco gravou cenas durante a Parada Gay de São Paulo.

Pose

A trama da produtora, diretora e roteirista transgênero Janet Mock retrata o submundo da cultura LGBTQ+ na Nova York (EUA) do fim dos anos 80. Todas as atrizes são transgênero, batendo o recorde de produção televisiva com maior número de intérpretes trans no elenco principal. O FX anunciou em junho uma terceira temporada.

Orange Is the New Black

Considerada uma das séries de maior sucesso dentre as originais da Netflix, a obra discute a diversidade enquanto mostra a realidade de detentas. A trama foi inspirada na história real da escritora Piper Kerman, que foi condenada por lavagem de dinheiro para uma operação de tráfico e contou todos os detalhes em seu livro “Orange is the New Black: My Year in a Women’s Prison”.

Sex Education

Lançada este ano pela Netflix e já com segunda temporada confirmada, a produção britânica fala abertamente sobre sexo com atores adolescentes. Entre as tramas conhecemos a história de Eric (Ncute Gatwa), que é gay e sofre bullying na escola.

Gentleman Jack

O drama inglês da BBC com a HBO retrata a vida de Anne Lister (1791-1840), que seria a primeira lésbica moderna. Ela é malvista por sua orientação sexual, e pela postura e atitudes masculinizadas. A série é baseada em diários secretos escritos pela própria Anne Lister, desde quando tinha 15 anos até sua morte, com 49.

Special

A série de humor da Netflix é escrita e estrelada por Ryan O’Connell, que interpreta um jovem gay com paralisia cerebral tentando assumir o controle de sua própria vida e lidando com a imagem que as outras pessoas têm dele.

Euphoria

A série da HBO que estreou neste ano tem Jules como uma das protagonistas. Tanto a personagem como a intérprete dela, a modelo Hunter Schafer, são mulheres transgêneros. Na produção, a sexualidade e gênero de Jules não são o principal dilema, mas apenas uma das narrativas vividas pela personagem.

Queer Eye

A versão original do reality show é do início dos anos 2000 e falava sobre tolerância. O programa foi atualizado pela Netflix e veio, desta vez, com o mote aceitação. “Não queremos mais que as pessoas apenas saibam viver com pessoas LGBTQ+, mas como também nos abrace”, fala um dos apresentadores nos primeiros episódios. O reality show mostra um grupo de quatro homens gays, cada um com especialidades como cozinha, beleza e moda, dando uma “repaginada” em homens e mulheres.

Batwoman

A personagem de Ruby Rose (“Orange is the New Black”) é apontada como a primeira protagonista lésbica da televisão. Batwoman é uma produção da CW Television Network e traz a heroína sendo expulsa do exército por causa do relacionamento com Sophie Moore, interpretada por Meagan Tandy.

The L Word

Exibida de 2004 até 2009, a produção mostrava a vida de um grupos de lésbicas e mulheres bissexuais que viviam em Los Angeles, na Califórnia. O programa, que voltará com novos episódios à emissora “Showtime” com seu elenco original,foi um dos primeiros a retratar a vida de pessoas LGBTQ+ e foi bastante importante para a comunidade de todo o mundo.

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