Incêndios são causados por pessoas ligadas a ‘agrocriminosos’, diz CMI

O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) da regional Amazônia Ocidental, que atua diretamente com os povos indígenas do Acre e Sul do Amazonas, divulgou uma nota denunciando os incêndios e desmatamentos na região. Segundo a nota, os incêndios, como o ocorrido na terra dos povos Huni Kuin, são causados pessoas que “seguem orientação de fazendeiros e apoiadores insanos do agronegócio tornando estes agrocriminosos” e pedem punição.

Incêndio em terra Huni kuin ganhou repercussão nacional/Foto: reprodução- IG

Vejam nota na íntegra

NOTA PÚBLICA

O Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Regional Amazônia Ocidental, com sede em Rio Branco, capital do Estado do Acre, vem a público externar sua imensa preocupação frente ao agravamento das derrubadas e queimadas na Amazônia que, a nosso ver, seguem orientação de fazendeiros e apoiadores insanos do agronegócio tornando estes agrocriminosos e por isso também denunciamos suas ações criminosas.

O incêndio criminoso da terra do povo HuniKuin, no Km 35 da rodovia Trasacreana, ramal Txaná, extrapolou todos os limites. Tal qual nos posicionamos contra projetos de mercantilização e Financeirização da natureza, como REDD, PSA, REM, vimos, por meio desta nota, nos posicionar contra a ação de agrocriminosos que também de forma violenta agridem a natureza e viola direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais, em ações que por fim, prejudica a todos.

Associamo-nos ao movimento “levante a voz pela Amazônia” e, como membros que somos da REPAM – Rede Eclesial Pan-Amazônica, convocamos a todas e todos a que nos juntemos ainda mais na defesa da Amazônia e seus povos.

Exigimos que governos e autoridades tomem medidas urgentes para punir estes criminosos e evitar que novos crimes sejam cometidos em nome de um suposto desenvolvimento. Exigimos especialmente que seja apurado o incêndio criminoso contra o povo Huni Kuin e os culpados sejam exemplarmente punidos.

Juntamos nossa voz às vozes dos povos indígenas, comunidades tradicionais e todos de boa vontade, para dizermos “NÃO” ao agrocrime e a toda forma de violação de direitos e ataque à nossa mãe natureza e aos empobrecidos da terra.

Rio Branco, 24 de agosto de 2019

Conselho Indigenista Missionário – CIMI
Regional Amazônia Ocidental

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