Após ser preso pela Polícia Civil com um carregamento de anabolizantes sem registros, o garçom Wendhel da Silva Rodrigues, de 26 anos, pediu autorização do médico Giovanni Casseb, para executar o jornalista Willamis Franca. O crime só não se concretizou porque Casseb não aceitou a execução.
A reportagem do ContilNet obteve acesso ao inquérito policial nesta sexta-feira (16), cujo número do processo é 0007174-92.2019.8.01.0001,constante no site do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), onde revela detalhes de conversas via aplicativo WhatsApp, de Wendel enquanto já preso, com o médico Giovanni, que estava em liberdade.
O inquérito completo tem mais de 490 páginas de investigação. Porém, no bate0papo presente na pág. 440, o médico inicia uma conversa com Wendel chamado por Casseb de “Giogiobond”, na noite do dia 13 de julho.
Neste trecho específico, Casseb mostra uma publicação feita pelo jornalista em suas redes sociais, onde dizia que para a investigação da Polícia Civil ficar “completinha”, faltava apenas a prisão da pessoa que receitava as medicações.
Ao receber o print da publicação, Wendel se revolta e de imediato pede uma foto de França. Após verificar a imagem, o garçom diz: “Vou dar a ordem aqui. Na sequência, ele acrescentou “mandei a foto desse cara aí já. Vai rodar”, avisa a Giovanni.
Contudo, o médico intercede negativamente, após Wendel pedir autorização para a execução de Willamis. “Não”, declarou Casseb, em apenas uma palavra.
A reportagem completa sobre o inquérito policial envolvendo Wendel e Giovanni, irá ao ar posteriormente, com mais detalhes da investigação e depoimentos de outros envolvidos no esquema de anabolizantes desmontado pela Polícia Civil do Estado do Acre.
Relembre A prisão de Wendel
Rodrigues, estudante de nutrição, foi preso em flagrante no momento em que buscava um carregamento de anabolizantes nos Correios, em Rio Branco. Esta havia sido a segunda apreensão ocorrida no período de uma semana, a primeira foi no dia 4 de julho, em uma casa no bairro Mocinha Magalhães.
Além dos medicamentos, a polícia apreendeu R$ 15 mil em dinheiro na residência do estudante. A maioria dos anabolizantes era oriundo de países como Paraguai, México e Ucrânia e não possuiam registro na Anvisa, órgão que regula a venda de medicamentos no Brasil.