Em operação, MP identifica comunicação de presos via cartas e cartões de memória

A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP) em parceria com o Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) no presídio Francisco de Oliveira Conde na manhã desta quinta-feira (15). A ação foi realizada nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro, e foi coordenada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (Genecoc), que congrega todos os Gaecos do país. O foco da operação foram ações contra facções e milícias.

Gaeco em ação no presídio Francisco de Oliveira Conde na manhã desta quinta (15)/Foto: Reprodução

De acordo com o coordenador-adjunto do Gaeco no Acre, o promotor de Justiça Bernardo Albano, a operação ocorreu dentro do maior presídio do estado por uma questão estratégica. “No Acre nós pensamos que seria mais importante realizar essa operação dentro do sistema prisional, então em cooperação com o Iapen, nós realizamos hoje uma extensa revista em pavilhões que estão sob o domínio do PCC e do B13 visando a prospecção de informações e identificação de lideranças”, disse.

Na revista foi identificado que após a instalação dos bloqueadores de sinal de celular no presídio, o detentos tem recorrido a outras formas de manter a comunicação com o mundo externo. “Nós identificamos que boa parte da comunicação das lideranças com os faccionados que se encontravam em liberdade vinham ocorrendo através de escritos, cartas que eram repassadas pelas visitas e também uma nova metodologia que era a gravação de ordens e mensagens em cartões de memória. A operação foi muito exitosa nesse sentido, nós apreendemos um vasto material que passará por rigorosa análise do MP. Também foi realizada a apreensão de outros ilícitos”, afirmou o promotor.

Para Albano, essas ações tem contribuído com a diminuição do crime do estado. “O MP vem contribuindo juntamente com os demais órgão da Segurança Pública com diversos trabalhos integrados e com o enfrentamento à facções. Nesse ano estamos começando a colher os frutos desse trabalho ao verificar uma redução muito expressiva nos índices de homicídio aqui no estado. Uma redução de 38%, segundo dados coletados pelo Observatório de Análise Criminal, do próprio MP. Somos um dos estados que mais reduziu esse índice no Brasil. A gente espera dar nossa contribuição justamente no enfrentamento às facções que entendemos que hoje é o trabalho que é mais necessário no enfrentamento à criminalidade”, finalizou.

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Em operação, MP identifica comunicação de presos via cartas e cartões de memória