Na manhã desta segunda-feira, 19, representantes do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República apresentaram as diretrizes do Programa de Proteção Integrada de Fronteira – PPIF e do Programa Vigia, da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça às autoridades das forças de Segurança do Acre. A apresentação foi feita pelo pelo coordenador do Arco Norte, Mauricio Pinheiro,
A visita técnica tem como objetivo integrar com o Estado do Acre, ações de combate à criminalidade nas regiões de fronteira. Militares do Grupamento Especializado em Fronteira (Gefron) do Mato Grosso vieram ao Acre para realizar um estágio operacional aos policiais que irão compor o Gefron no estado.
Na ocasião, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cézar Santos, falou sobre o olhar efetivo das organizações criminosas aos estados amazônicos em relação ao narco-negócio nas regiões de fronteira, onde a fragilidade e o vazio demográfico possibilitam, inclusive, uma situação de futura guerrilha e que as instituições precisam ter um olhar prioritário da União, no sentido de condicionar os mínimos recursos para que as ações sejam executadas nessas regiões.
“O esforço do Estado, no sentido de se aproximar das forças federais, de promover uma formação destinada a um grupo, se dá em face ao olhar não priorizado da União. O primeiro estado a formar o grupamento de fronteira que foi o Mato Grosso, que está se tornando uma regra nacional e aqui no Acre não será diferente. Com a implantação do Gefron, será possível intervirmos nas fronteiras de forma diferenciada e integrada com a participação e empenho de todas as forças de segurança”, destacou.
De acordo com o major da Polícia Militar do Mato Grosso, Luíz Marcelo, na região são mais de 970 quilômetros de fronteira e que o Gefron no estado já tem um conhecimento bem formatado em relação ao combate à crimes nas áreas fronteiriças.
“Já são 17 anos de implantação do Grupo Especial de Fronteira e ao longo desses anos conseguimos desenvolver conhecimentos técnicos especializados e formatar uma doutrina nessa região. Devido a isso estamos aqui no Acre e iremos ficar durante 15 dias para compartilhar todo esse conhecimento, pois os problemas não são diferentes, e irão servir de base para o início de um policiamento também especializado nas fronteiras”, finalizou.