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Jorge Viana diz que “há muita desinformação” sendo difundida sobre desmatamento

Por THIAGO CABRAL, DO CONTILNET

Foto: Reprodução

Em um vídeo postado na manhã desta sexta-feira (23) no Facebook, o ex-senador Jorge Viana fala sobre desmatamento, queimadas e fumaça, que segundo ele o debate já ganhou o mundo. Viana diz que apesar da situação ser gravíssima, há muita desinformação no que as pessoas estão falando, e que, lamentavelmente, essa questão tem dividido o país.

De acordo com o ex-senador o maior desmatamento do país ocorreu nos anos 90, durante o governo FHC, quando eram desmatados 30.000 km² de floresta por ano. Logo depois, no início dos anos 2000 quando Lula assume o país, o desmatamento fica em 25.000 km²/ano e só quando Marina Silva assume o Ministério do Meio Ambiente é que de fato esse número começa a cair, quando o Governo Federal adota um política pública que junta a sociedade, Ong’s e produtores.

Viana diz que só após esse pacto é que o Brasil conseguiu reduzir em mais de 80% o desmatamento, e com isso ganhou moral no mundo inteiro. Na época em que a ministra do Meio Ambiente era a Isabela Teixeira as taxas de desmatamento eram de 5.000 km²/ano. “Eu era relator do Código Florestal naquela época e pacificamos a relação entre floresta e produtores. Foi muito bom. O problema agora é outro. O Brasil é um grande produtor de alimentos, tem 20% da biodiversidade do planeta, mas agora existe uma tendência de crescimento em nome do desmatamento, do ano passado pra cá, tivemos um aumento de mais de 80% (do desmatamento) e isso é gravíssimo”, disse.

Ainda de acordo com Jorge Viana, se essa tendência seguir o Brasil pode voltar aos índices dos anos 90. “Se a gente tívesse uma política de valorização da floresta e da biodiversidade nós teríamos algo maior do que o agronegócio, que hoje representa 23% do PIB brasileiro, só com o uso sustentável da floresta. Em vez desse conflito todo nós teríamos que estar buscando uma solução. Mas a solução só vai vir se nós pararmos essa tendência de destruição e desmatamento que estamos vivendo hoje”, concluiu.

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