O mês de agosto simboliza uma luta importante para os primeiros anos de vida de um bebê. No Brasil, o oitavo mês do calendário foi escolhido pelo Ministério da Saúde para celebrar a campanha “Agosto Dourado” em incentivo à amamentação.
Pensando nisso, a Prefeita Socorro Neri e o secretário de saúde Oteniel Almeida da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), prepararam uma programação para promover e apoiar o aleitamento materno. Nesta quinta-feira (21) foi realizado um encontro com mães na URAP Augusto Hidalgo de Lima (Baixada), cujo propósito favorecer a amamentação.
Segundo a coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Mulher da Semsa, Maria Tereza Mont’ Alverne, dourado representa o “padrão ouro de qualidade” do leite materno, que é de extrema importância para vida das crianças. “Ao longo deste mês as ações de conscientização sobre o tema foram reforçadas na capital”, disse.
Este ano, a campanha tem como tema “Empoderar Mães e Pais, Favorecer a Amamentação”. De acordo com a coordenadora da URAP Augusto Hidalgo de Lima, Mirtes dos Santos Góes, adotar uma abordagem inclusiva, que contemple os pais, parceiros, famílias, locais de trabalho e comunidade, é fundamental para criar um ambiente propício e permitir às mães amamentarem de forma otimizada
Em Rio Branco, a mobilização é perene, com dedicação dos profissionais da atenção básica para reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças de zero a dois anos. Durante o encontro de mães também foi discutido a importância da doação de leite materno, uma vez que a URAP Augusto Hidalgo de Lima é um centro de coleta premiado nacionalmente.
Ivanete Bispo do Nascimento é referência em doação. Sozinha, consegue fornecer um frasco de 500 ml dia, perfazendo um total de 15 litros por cada 30 dias. “Há um mês quando eu fui ganhar a minha filha na Maternidade vi muitos bebês chorando, alguns a noite toda, porque, as mães não tinham leite para amamentá-los e aquilo mexeu muito comigo. Conversei com o meu esposo e ele me incentivou a ser doadora. Então, me trouxe aqui na URAP, fiz o cadastro e já comecei a doar. Acho muito importante ajudar a alimentar crianças, salvar vidas e de alguma forma me tornei [mãe de leite] de muitas crianças que, sequer, um dia irei conhecê-las”, observou.
Sílvia Cristina Silva Diniz, também é doadora. “Quando nasceu minha primeira filha eu não sabia, joguei muito leite fora. Mas quando ganhei minha segunda filha, não conseguia amamentar nos primeiros dias, não tinha leite, ela não mamava. Precisou do leite de outras mães para sobreviver. O leite de outras mães ajudou minha filha e eu, agora que tenho bastante leite procuro ajudar outras mães em dificuldade de amamentação. É muito bom é prazeroso”.
Já Maria Dariane Pires Mendes, propõe espalhar a informação para formar novas amizades e uma grande rede de doação de leite materno. “Hoje, por exemplo, eu trouxe minha irmã para também ser doadora”, enfatizou.