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Professor pede ajuda para custear escolinha de futebol

Por REDAÇÃO CONTILNET

É certo que se o futuro obedecesse à expectativa, o professor Adir Pereira, que até o ano passado residia no município de Tarauacá, ao se mudar para o Jordão, viveria o que havia planejado quando recebeu uma proposta de dar aula na Zona Rural da segunda cidade. Mas, isso não aconteceu.

Ao chegar à região, Adir, que é interessado por futebol, decidiu ensinar algumas crianças da região a praticar o esporte, em espaços cedidos nos colégios.

Adir com as crianças/Foto: Reprodução

“Eu fui fazendo uma espécie de aulinha com as crianças e aquilo foi se alargando, até que me assustei com o resultado”, contou.

De início, o esportista decidiu que faria as aulas apenas com a faixa etária de 6 a 15 anos, por conta da falta de tempo, em decorrência do emprego que tinha. “Não dava tempo fazer com outras crianças, de outras idades, por ter que dar conta do meu emprego. Mas, elas não entendiam isso e não queriam saber do emprego que eu tinha. Queriam jogar bola [risada]”.

Adir treina com as crianças desde o início do ano/Foto: Reprodução

A ação foi tomando contornos maiores, até que a prefeitura do município reconheceu o trabalho desempenhado por Adir e decidiu abraçar a causa, mas deixando-lhe apenas uma escolha: abrir mão do primeiro emprego.

“Aquilo foi difícil, mas tinha outro sonho me chamando, crianças e adolescentes interessadas no esporte. Eu senti que aquilo de alguma forma poderia promover mudança. Abri mão do primeiro emprego e segui em frente”, explicou.

“Eu sinto que eles podem ser úteis fazendo o que gostam de fazer”/Foto: Reprodução

Após a decisão, outras turmas de meninos e meninas passaram a se formar para receber as orientações do professor. Atualmente, Pereira educa mais de 500 crianças no esporte, atende mais de 3 escolas e reúne-se com os menores pelo menos 5 dias na semana.

“Eu sinto que eles podem ser úteis fazendo o que gostam de fazer. Isso contribui para o crescimento deles e me sinto muito feliz por oportunizar isso”, acrescentou.

De acordo com o profissional, os pequenos só integram o grupo com uma condição: ter bom rendimento escolar. “Não podem querer praticar esporte sem bom rendimento escolar. Isso é muito claro pra eles. Há um acompanhamento na escola para saber como eles estão. Se não há rendimento, não há participação. Uma coisa não pode excluiu a outra”, disse.

“Isso contribui para o crescimento deles e me sinto muito feliz por oportunizar isso”/Foto: Reprodução

Embora o executivo municipal tenha dado visibilidade ao projeto e um contrato a Adir, algumas necessidades estão surgindo, como a compra de materiais, camisários e etc., tendo em vista que as famílias não podem bancar os custos – o que faz com que seja gratuita a participação.

Por esse motivo, o incentivador pede ajuda dos interessados que desejam ajudar de alguma forma a continuação do projeto, com doações.

Para ajudar o grupo, ligue no (68) 9985-3345 e se informe.

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