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Secretário de Meio Ambiente alerta para baixa qualidade do ar no Acre devido a fumaça

Por NANY DAMASCENO, DO CONTILNET

Segundo o secretário de Meio Ambiente do Acre, Israel Milani, as queimadas que ocorrem no Acre e em estados vizinhos estão prejudicando e muito a qualidade do ar.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),  a quantidade de material particulado por metro cúbico aceitável é de 25 microgramas. Sensores que monitoram isso no Acre, revelam que, em Rio Branco, há cerca de 40 microgramas de material particulado por metro cúbico, em Sena Madureira a situação é pior, são 72 microgramas por metro cúbico de ar.

Apenas Cruzeiro do Sul, Feijó e Acrelândia estão dentro do aceitável. O monitoramento é feito pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) que em parceria com a a Universidade Federal do Acre (Ufac) e órgãos de saúde e do meio ambiente do Acre, mantém 30 sensores trabalhando.

Milani disse que além das queimadas que o ocorrem no estado, os acreanos são afetados também pela fumaça que vem de outros da Amazônia e ainda, de países vizinhos. Ele citou a situação da Bolívia, onde um incêndio que ainda não foi controlado destruiu, até agora, 500 mil hectares de vegetação. É o maior incêndio da história do país,

“A Bolívia tem um parque estadual em chamas há muito tempo. Temos imagens de satélites que esta fumaça está vindo para cá, Rondônia está com mais de 14 mil focos de incêndio, o que também prejudica nosso ar”, alertou Israel Milani.

Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, divulgado no dia 12 deste mês, só em 2019 já foram realizados 29.473 atendimentos ambulatoriais por doenças respiratórias no estado do Acre sendo que 32,45% desse atendimento foi na Capital Rio Branco. Houve ainda 1.031 internações hospitalares em todo o Estado. Os impactos podem ser ainda mais graves em crianças, idosos e em pessoas com doenças pulmonares e cardiovasculares.

“Não façam queimadas, a população precisa ajudar o governo, temos crinanas e idosos que estão sofrendo muito com essa questão da qualidade do ar”, finalizou o secretário de Meio Ambiente.

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