Pequenos brasileiros nascidos no município de Jordão, no Alto Tarauacá, um dos municípios mais isolados do país – ao qual só se tem acesso pelas vias fluvial e aérea – estão deixando de ser registradas porque a representação local do Tribunal de Justiça, a quem cabe a emissão do documento, está enfrentando problemas com equipamentos da danificados. Sem o registro dos recém-nascidos, os pais deixam de ter acesso a outros documentos e aos benefícios sociais, como Bolsa Família, do Governo Federal.
O problema vem se arrastando faz mais de um mês, denunciam mães de família do município, como a dona de casa Carlinha Araújo, 28 anos, que está tentando registrar o filho há mais de um mês e não consegue. O problema ocorre porque, ao contrário do que ocorre no restante do país, o cartório da cidade não foi privatizado. “Tudo aqui depende da vontade do Tribunal de Justiça”, disse Carlinha Araújo.
Em Rio Branco, o Tribunal de Justiça já tem conhecimento do problema e esta tentando normalizá-lo. Por meio da assessoria, a presidência do TJ informou que o serviço de registro de nascimento não foi paralisado completamente e que apenas diminuiu o fluxo de atendimento.