O Acre foi, em números absolutos, o segundo Estado mais violento do país, com uma média de 63,9 assassinatos anuais para cada grupo de 100 mil pessoas, quando o limite tolerável pelo ONU (Organização das nações Unidas) é de 20 pessoas por cada grupo de cem mil e o Estado considerado o mais violento do mundo, Honduras, país da América central marcado por guerra entre narcotraficantes, foi de 55 por cem mil, segundo dados de 2017.
O Acre, com uma população estimada em menos de R$ 900 mil pessoas, segundo o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em termos de matanças, em 2017, ficou atrás apenas do Rio Grande do Norte, que matou, naquele ano, 63.880 vítimas, a média de 175 por dia. O Acre veio logo atrás, com 63,9% dessa mortandade, à frente inclusive do Ceará, Estado com uma população estimada em 9 milhões de habitantes, que matou, na mesma época, 59,1% do total de assassinatos ocorridos no Rio Grande Norte.
para o Norte e o Nordeste, que levou estados mais pobres da Federação, como é o caso do Acre, a conviverem, nos últimos anos, com um aumento exponencial nas taxas de homicídios.
O motivo seria o constante conflito da organização criminosa paulista com o CV (Comando Vermelho) ou grupos locais apoiados pela facção do Rio de Janeiro. Os oito estados que lideraram as taxas de homicídios no país em 2018, segundo o anuário da Segurança Pública, divulgado na semana passada, têm como similaridade o PCC em disputa por espaço com outras facções. Em seis casos, a disputa principal é justamente contra o CV. Em outros dois, a disputa por territórios envolve apenas grupos locais. Os levantamentos mostram que o total nacional de assassinatos entre 2016 e 2017, alta puxada por 12 Estados, dos quais nove pertencem à região Norte ou Nordeste. O Acre é o primeiro da Região Norte, seguido por Roraima e Amazonas.
As menores taxas de homicídios no país no mesmo período, segundo o mesmo levantamento, foram lideradas pelos estados de São Paulo, com 10,7% das mortes, Santa Catarina, com 16,5, e Distrito Federal, registrou 18,2 de mortes por cada grupo de em mil.