Antes mesmo do 1 a 1 com o Santos se definir, já era certo que não havia mais clima para a permanência de Oswaldo de Oliveira no Fluminense. O técnico passou a maior parte do jogo ouvindo a torcida pedir sua cabeça. Para piorar, viu Ganso se rebelar. Com 19 pontos, o Tricolor subiu uma posição e deixou o Z4. Mas isso acabou passando despercebido.
Técnico e jogador bateram boca aos 18 do segundo tempo. Ganso não aceitou ser substituído por Daniel e disparou contra o comandante: “Você é burro pra caral…”. Oswaldo o chamou de vagabundo. Membros da comissão precisaram conter o camisa 10, que permaneceu no banco e aproveitou a pausa da consulta ao VAR (em lance que resultou na expulsão de Digão) para passar orientações ao time como se fosse o treinador.
A torcida comprou a briga de Ganso e gritou por ele. “Fora, Oswaldo” e “Pede para sair” também foram proferidos. A arquibancada já havia decretado não só a saída do técnico como escolhido seu substituto. Cuca, que pedira demissão do São Paulo horas antes, teve o nome exaltado.
Antes do jogo, o clima já era de tensão. No aquecimento, os jogadores foram xingados. A torcida não demonstrou nenhuma paciência. No anúncio da escalação, nenhum aplauso. Nos casos de Gilberto, Digão e, principalmente, Oswaldo, o que se ouviu foram vaias.
A fúria se tornou ainda maior quando, aos 39 da primeira etapa, Soteldo passou como quis por Nino e Gilberto e abriu o placar. A saída de Oswaldo foi pedida e o time, chamado de “sem vergonha”. Nem o gol contra de Lucas Veríssimo, aos 47m, evitou as vaias no intervalo.
O time entrou no segundo tempo com a marcação mais adiantada e criou jogadas. A mudança de postura fez a torcida dar uma trégua. Até o bate-boca entre Oswaldo e Ganso. A vitória quase veio aos 43, quando, já com um a menos, Allan desperdiçou chance clara.