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Hospital de Brasileia fica sem raio-x e pacientes fazem exame na Bolívia

Por THIAGO CABRAL, DO CONTILNET

O Hospital Raimundo Chaar, que fica no município de Brasileia, distante 234 km de Rio Branco, está com o aparelho de raio-x sem funcionar, segundo o hospital, há cerca de 15 dias. Com o problema, os pacientes que precisam fazer exames que dependem do aparelho precisam ir até o município boliviano de Cobija e pagar do próprio bolso para conseguir fazer os exames.

De acordo com a gerente de assistência do hospital, Joelma Pontes, o aparelho está com a placa queimada. Ainda segundo a gerente, o conserto do aparelho já foi providenciado e até a próxima sexta-feira (13) a situação deve ser normalizada.

O aparelho de raio-x do hospital é o único da cidade, e os moradores dependem exclusivamente dele para realizar os exames.

Um estudante que não quis se identificar e procurou a reportagem da ContilNet para fazer a denúncia contou que o problema é recorrente e já dura muito tempo. “Ano passado uma colega de faculdade quebrou o braço e quando foi ao hospital não tinha raio-x. Mês passado a filha de um amigo, uma criança, precisava de um raio-x e ainda estava quebrado, e na semana passada minha sogra quebrou o pé, foi ao hospital e também não tinha raio-x”, contou.

O estudante disse ainda que além do raio-x quebrado, o único hospital da cidade convive com falta de médicos e até de ambulâncias.”Quando minha foi ao hospital, apenas enfermeiros a atenderam e a consulta com o ortopedista foi realizada através do WhatsApp, por envio de fotos do raio X tirado na Bolívia. Em casos mais graves quando é necessário ir para Rio Branco, nunca tem Samu disponível para o transporte. Inclusive, na semana retrasada, ocorreu um assalto ao Branco do Brasil daqui, onde um tenente da polícia foi baleado e passou mais de 14 horas pra conseguir ser levado para Rio Branco, pois não tinha Samu disponível e então foi preciso que o batalhão pedisse reforço ao exército para realizar o transporte, um descaso”, finalizou.

Sobre a ambulância do Samu, a gerente disse que o veículo estava quebrado mas foi reparado e já está ativo. Sobre o ortopedista, Pontes explicou que o contrato é para atendimento três vezes ao mês. “Ressalto porém que nosso médico ortopedista é muito presente e de suma competência, nada a reclamar sobre ele, que tem feito um atendimento excelente”, disse.

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