Seja por escolha, seja por voltas do destino, ou pela regulamentação prevista na Reforma Trabalhista como ‘teletrabalho’, o home office já atinge uma considerável e crescente parcela de trabalhadores brasileiros. Alguns estudos, como o da SAP Consultoria, apontam que em 2019 o número de trabalhadores que, de alguma forma, trabalham nesse sistema atingiu 35% dos profissionais do mundo.
Mas o que significa esse tal ‘home office’? Em uma tradução livre seria “escritório em casa”, ou seja, uma estrutura de trabalho montada em domicílio com cadeira, mesa, computador e o que mais for preciso para o serviço a ser desempenhado. Além desse estilo, existe o coworking, que são locais destinados a reunir no mesmo ambiente diversos profissionais, sendo ou não do mesmo vínculo empregatício. Em outras palavras, um escritório coletivo para dividir as despesas e, ao mesmo tempo, aumentar o aprendizado e a rede de contatos.
Entretanto, a ideia de home office é facilmente confundida com alguns clichês tais quais menos trabalho, maior acesso às distrações e vestuário extremamente informal. Estou aqui para desmistificar algumas coisas e apresentar outros dilemas.
Antes de tudo, deixa eu me apresentar. Sou formado em jornalismo pela Universidade Federal do Acre e praticamente minha vida profissional inteira trabalhei nesse estilo, mesmo quando dividia a jornada com empregos formais. Desde 2014, passei a atuar exclusivamente em home office. Isso se deu por conta de mudanças profissionais, pois além de jornalismo e assessor de imprensa, me aventurei como jogador de poker on line, onde comecei jogando para um time profissional brasileiro e, em 2016, migrei para um time americano para qual jogo desde então.
Nessa jornada, tive orientações de amigos, pesquisas, mas a esmagadora quantidade de conhecimento foi através da vivência. Saber trabalhar em home office é, obviamente, uma questão financeira, porém o que não sabia é que também se trata de um tema de saúde tanto física quanto mental. Aqui nós abordaremos desde os cuidados com coluna, visão, atividades físicas, nutrição, psicológico, financeiros, jurídicos, equipamentos, planejamento e organização.
A ideia do FREELAS me surgiu em 2018, até ter um problema chamado “burnout”. No futuro nos aprofundaremos nessa pauta, mas entenda o conceito através do psicólogo Herbert J. Freudenberger que diz tratar-se de “um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional”. Hoje mantenho uma rotina mais saudável, incluindo uma valorização consciente dos períodos de lazer.
Trabalhar com escritório em casa não é tão simples quanto parece, porém com a orientação adequada e disposição em pôr a mão na massa, pode ser uma saída tão lucrativa quanto saudável. Caso você trabalhe ou pensa em trabalhar assim, mande suas perguntas para colunafreelas@gmail.com, pois vamos procurar os melhores especialistas em cada área para juntos criarmos um espaço de informação responsável e esclarecedora. Até a próxima!
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