O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última sexta-feira (25) o Censo Agro 2017, que apontou uma queda de 1,5 milhões de pessoas ocupadas em estabelecimentos agropecuários no comparativo com 2006, ano do último Censo Agro, uma queda de -8,8%.
Esse número deve-se sobretudo a redução de pessoas ocupadas na agricultura familiar, que apresentou uma redução de 2,166 milhões de pessoas. Já em estabelecimentos agropecuários não caracterizados como de agricultura familiar, houve um aumento de 702,9 mil trabalhadores.
Ainda segundo o estudo, 77% dos estabelecimentos foram classificados como de agricultura familiar e foram responsáveis por 22,88% do valor da produção nacional, ocupando 23% da área total dos estabelecimentos agropecuários do país. Trabalhavam na agricultura familiar até 2017, ano do estudo, cerca de 10,1 milhões de pessoas, 67% da mão de obra dos estabelecimentos agropecuários.
O Censo Agro aponta ainda que no estado do Acre, a agricultura familiar é responsável por 52,37% de toda a produção do estado, ficando bem acima da média nacional. O percentual do Acre é inclusive um dos mais altos do país, deixando o estado atrás somente do Amazonas (67,35%) e do Amapá (57,14%). Os estados com as menores participações da agricultura familiar foram Mato Grosso do Sul (5,99%) e Mato Grosso (6,45%).
Com um território de 152.581 km² o estudo diz ainda que o Acre tem 42.327 km² (27,74%) de seu território ocupado por estabelecimentos agropecuários, 23.887 km² (15,65%) por terras indígenas e 53.194 km² (34,86%) de Unidades de Conservação.