O período crítico de queimadas e fumaça parece ter sido controlado no Acre. Segundo dados do INPE, entre os dias 1 e 4 de outubro, o estado registrou 70 focos de queimadas, no mês passado, em apenas quatro dias, já eram 540. Se comparados os dois períodos a redução é de 87%. A boa notícia é que o período chuvoso já começou a dar as caras e com o solo úmido, a probabilidade de incêndios são muito remotas.
Durante o ano o acumulado de focos de incêndio no Acre foi de 6,473. A maior parte foi no município de Feijó, com 16% das queimadas, em seguida Sena Madureira (12,7%), Tarauacá (11,1%) e Rio Branco aparece em quarto lugar, com 9,1% das queimadas no estado. O município que menos registrou os focos foi Plácido de Castro, com 0,7%.
Mas no mês de outubro estes dados mudam. Os municípios de Rio Branco, Brasileia e Capixaba lideraram o ranque com maior acumulado de focos de queimadas. Mesmo com a redução, o Acre ainda 7° estado da Amazônia Legal que mais queimou no ano.
No final de agosto o governo do Acre chegou a registrar situação de emergência no Estado. O governo federal também reconheceu a situação e poucos dias depois emitiu um decreto proibindo queimadas por 60 dias em todo o território nacional, além de ter autorizado o apoio da Força Nacional para combate aos incêndios na Amazônia.
O Ibama conseguiu autorização e contratou 1,500 brigadistas, 15 deles estão atuando no Acre e segundo o órgão, vão permanecer pelo menos até o fim de outubro para garantir a tendência de redução dos focos de incêndio e garantir a proteção de áreas federais prioritárias, principalmente terras indígenas e quilombolas, até a chegada definitiva das chuvas.