O ex-deputado estadual e ex-prefeito de Feijó, Juarez Leitão, é mais um dos que devem dizer adeus ao PT, o Partido dos Trabalhadores que durante 20 anos comandou a política estadual em cinco mandatos seguidos de governadores e coma a principal força política da chamada Frente Popular do Acre (FPA), que sofreu a mais dura derrota da história eleitoral deste Estado na campanha do ano passado. O Partido perdeu a eleição para o governador, o mandato de senador de Jorge Viana, três deputados federais (Sibá Machado, Raimundo Angelim e Leo Brito), além de dois deputados estaduais (Leila Galvão e Loro Marques) e agora está perdendo militantes e filiados todos os dias.
Juarez Leitão, ainda que se esforce para não revelar a mágoa, diz que está saindo por entender que o PT já cumpriu o seu papel e que seu interesse é ser candidato “a qualquer coisa” nas eleições do ano que vem, em Feijó. Atuando na iniciativa privada, ele admite que seu nome esta à disposição para ser candidato a prefeito, vice-prefeito ou mesmo a vereador. “A gente pode ate sair da política, mas ela não sai da gente”, disse.
Leitão admite que vem conversando com o presidente do PSD, o senador Sérgio Petecão, e se for mesmo candidato na eleição do ano que vem, será neste grupo. “Ainda é cedo para qualquer definição, mas admito que venho conversando muito com o senador”, afirmou.
Uma das mágoas de Juarez Leitão em relação ao PT é decorrente da cassação de seu mandato de prefeito, em 2009. Ele reclama que não teve qualquer ajuda do Partido, que amargou um longo ostracismo por ter sido condenado à perda dos direitos políticos e que agora, tendo cumprido a punição e se reabilitado politicamente, vai procurar nova agremiação política, porque, segundo ele, “o PT já deu”.
