24 de abril de 2024

Diretório regional do PSL no Acre está preocupado com possível saída do presidencial

O diretório regional do PSL (Partido Social Liberal) no Acre está preocupado com a possibilidade de desfalque nas 54 cadeiras de deputados federais e seis senadores da República, além das principais estrelas da agremiação – o presidente Jair Bolsonaro e seus três filhos com mandatos – um senador, um deputado federal e um vereador pelo Rio de Janeiro, admitiu o dirigente local Pedro Valério. É que nos últimos dias, em Brasília, o assunto não tem sido outro: a possibilidade de saída da sigla da família Bolsonaro, incluindo o presidente da República.

A possibilidade da debandada foi admitida pela advogada do PSL e representante de Jair Bolsonaro desde a campanha de 2018, Karina Kufa, em entrevista ao site brasiliense “Metrópole”. Ela confirmou na tarde desta quarta-feira (9) que o presidente da República “cogita” sair do partido, mas afirmou que ainda não se sabe quando a decisão será anunciada, restando apenas a definição da estratégia a ser adotada. A informação foi dada logo após sair de uma reunião com Bolsonaro, no Palácio do Planalto, da qual participaram deputados do PSL que apoiam Bolsonaro.

Márcio Bittar/Foto: reprodução

A advogada disse que está ajudando o presidente a definir a estratégia a ser seguida. “Pode ser que sim, a gente vai ter que estudar estratégias, avaliar. A gente já tem algo planejado, mas, obviamente, a gente não pode apresentar a estratégia agora”, disse a advogada, em declarações reproduzidas pelo site de Brasília

Antes da confirmação de Kufa sobre o desejo do presidente, o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), afirmou que Bolsonaro já não tinha mais nenhuma relação com a legenda. “Quando ele diz a um estranho para esquecer o PSL, mostra que ele mesmo já esqueceu. Mostra que ele não tem mais nenhuma relação com o PSL”, disse ao site Metrópoles.

Na última terça-feira (8), Bolsonaro afirmou a um homem, que se identificou como pré-candidato pela legenda no Recife, para que ele esquecesse o partido. Em frente ao Alvorada, ele afirmou que Bivar “está queimado para caramba”. E acrescentou ao seu interlocutor:  “Esquece o PSL, tá ok? Esquece”.

Um dos motivos da possível saída do PSL seria a utilização ilegal de recursos públicos pela direção partidária durante a campanha eleitoral. O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga, que tem se reunido com Bolsonaro com frequência, indicou que o presidente está incomodado com a gestão do partido“Como ele tem a bandeira da nova política, da transparência com o dinheiro público, ele não está confortável no ambiente em que se encontra. Ele e vários parlamentares”, afirmou.

Gonzaga frisou que aconselhou Bolsonaro a seguir a “bandeira da ética” e se negou a comentar sobre as investigações do suposto esquema de uso de candidaturas laranjas do PSL para desviar recursos do fundo partidário. A apuração é feita pelo Ministério Público de Minas Gerais.

O ex-ministro afirmou ter certeza de que mais da metade dos deputados do PSL deve acompanhar Bolsonaro em caso de saída. “O grupo que está aqui está muito disposto a seguir o presidente e é um grupo bastante grande”, relatou.

O líder do PSL na Câmara dos Deputados, delegado Waldir (GO), confirmou que Bolsonaro continua no partido. Ele, contudo, não conversou com o presidente da República nem com o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE) nesta quarta-feira.

“Não vai sair. É só acompanhar no TSE que ele não desfiliou”, afirmou. Segundo Waldir, o presidente só deu uma “canelada”, mas “já se manifestou dizendo que a declaração foi equivocada”. “Já está pacificada a situação”, completou.

O deputado federal afirmou que Bivar e quase todos os parlamentares do PSL ficaram “magoados” com a declaração de Bolsonaro. Mas disse que o mal-entendido “passa, assim como uma briga entre marido e mulher”.

O noticiário nacional sobre o assunto informa ainda que Bolsonaro iria para o Avante, um outro Partido, ou montaria um novo e que a nova sigla já começaria com pelo menos um senador e um deputado federal pelo Acre. O senador seria Marcio Bittar, eleito pelo MDB e, no entanto, vice-líder do governo de Bolsonaro no Senado. O deputado seria Alan Rick, do DEM. Pelo menos Márcio Bittar negou que vá sair do MDB ou acompanhar Bolsonaro, até porque acha que o presidente não deixa sua sigla. “Ele só tem a perder, se sair”, disse Márcio Bittar.

Pedro valério, presidente do PSL no Acre/Foto: reprodução

Pedro Valério, o dirigente regional, está na torcida para o presidente não cumpra as ameaças de deixar a sigla. “Ele tem 54 deputados federais e seis senadores fiéis no PSL e estamos com ele”, afirmou.

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