Uma superprodução da Disney estrelada por uma das atrizes mais bem pagas do mundo, retomando uma história clássica, estreia na quinta-feira nos cinemas. Sequência do filme de 2014, Malévola – Dona do Mal é uma das grandes apostas da Disney neste ano e chega cercado de expectativas e algumas dúvidas.
A principal: Angelina Jolie tem fôlego para repetir barulho do primeiro longa, sucesso retumbante de bilheteria, depois que protagonistas femininas viraram constante em Hollywood e a história da vilã convertida em heroína deixou de ser novidade para o grande público? As apostas estão na mesa.
Veja abaixo o que você precisa saber antes de assistir ao conto de fadas moderno.
ALERTA DE SPOILER: O texto a seguir revela detalhes da trama de Malévola (2014).
Quem é Malévola
É uma bruxa e principal vilã do filme do clássico A Bela Adormecida (1959), conhecida como a “senhora de todo o mal”. Na história original, após não ser convidada para o batismo de Aurora, ela amaldiçoa a bebê: aos 16 anos, ela se espetaria em uma roda de fiar e dormiria para todo o sempre. A personagem é livremente inspirada na madrasta do conto de fadas original de Charles Perrault e em sua versão dos irmãos Grimm.
Como terminou primeiro filme
Na história lançada em 2014, Malévola se arrepende da maldição e salva Aurora dando um beijo na jovem após ela cair no encanto. Aurora a perdoa e ela deixa as vilanias para trás. No embate derradeiro, a protagonista cai em uma armadilha do rei Stefan, mas, com a ajuda da jovem, consegue recuperar suas asas e derrotar o monarca, selando a paz no reino.
Qual é a premissa da sequência?
Após os eventos do primeiro filme, Malévola vive pacificamente na terra dos mouros, mas é surpreendida quando o príncipe Phillip pede Aurora em casamento. A mãe do príncipe, a Rainha Ingrith, planeja usar o casamento para dividir os humanos das fadas para sempre, causando discórdia e ameaçando a harmonia da família e do mundo.
Quem está no novo filme?
O elenco principal retorna, com Angelina Jolie (Malévola), Elle Fanning (Aurora), Sam Riley (Diaval), Juno Temple (Thistlewit), Lesley Manville (Thistlewit) e Imelda Staunton (Knotgrass). As novidades são Ed Skrein (Borra) e Michelle Pfeiffer (rainha Ingrith), que vivem os vilões, além de Harris Dickinson, que substitui Brenton Thwaites no papel de Príncipe Phillip.
Por que a história importa
Malévola marcou sua relevância em Hollywood por resgatar uma antiga personagem feminina e reinterpretá-la sob olhar contemporâneo, de um mundo bem menos maniqueísta uma vilã que não é tão malvada assim. Também apresentou uma revisão dos antigos contos de fadas com pano de fundo feminista, estabelecendo um padrão no cinema. As duas mulheres principais são fortes, estão longe da figura de donzelas em perigo e mostram, de várias formas, que sabem se virar muito bem sem a ajuda de um homem.
Como a Disney planeja repetir o sucesso?
Principalmente com divulgação. A Disney não revelou valores, mas o orçamento deve ser maior do que o do primeiro filme, que custou cerca de US$ 180 milhões e rendeu US$ 758 milhões em bilheteria. Para tentar repetir o êxito, a Disney convocou novamente a roteirista Linda Woolverton (de A Bela e a Fera de 1991), agora em parceria com Micah Fitzerman-Blue e Noah Harpster. A direção mudou. O norueguês Joachim Rønning (Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar e Expedição Kon Tiki) entra no lugar de Robert Stromberg. A expectativa é alta.
Afinal, o filme é bom?
Vai do gosto do freguês e depende intimamente de sua relação com a história e com a figura Angelina Jolie. Mas, segundo a imprensa especializada, Malévola – Dona do Mal é genérico e não supera o primeiro longa. No agregador de críticas Rotten Tomatoes, o filme teve 51% de aprovação de jornalistas, contra 54% de Malévola —já considerada baixa. No site Metacritic, o filme alcançou apenas a nota 44, ante 56 do primeiro filme. Mas é bom lembrar que, em caso de blockbusters, o público tende a gostar mais do longa do que a crítica.