Médica da USP afirma que vacina contra HPV causou reações em meninas do Acre

A médica Maria Emilia Gadelha Serra, presidente da Associação Brasileira de Ozonioterapia, está neste momento reunida com a comissão de saúde da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta terça-feira (22), com deputados e mães das garotas que supostamente estão sofrendo sequelas ocasionadas pela aplicação da vacina contra o HPV. Na ocasião, a médica declarou que após incansável estudos, chegou-se à conclusão que a vacina é a principal culpada pelos terríveis sintomas.

Segundo Gadelha a constatação foi feita após análises das garotas que estiveram na cidade paulista com os especialistas. Ela ressaltou que o estudo é baseado em mais de 40 jovens. “Essa vacina não presta e não passa de uma operação bancária. Chega de enganação”, ressaltou.

Médica garante que reações adversas em meninas acreanas foram causadas após vacina contra HPV/Foto: Jardy Lopes

Segundo ela, existe cura, no entanto, as meninas devem passar por inúmeras cirurgias de alto custo. Conforme relatos de uma das mães, identificada como Leila, ela quem influenciou a filha a tomar a vacina, no entanto, hoje ela está em uma situação dolorosa. “Eu gastei muito em busca de tratamento, mas trouxe provas que a vacina é a causadora”, explicou.

A mãe destacou ainda que a filha vitória, deverá passar por uma cirurgia, contudo, ela teme pela vida da filha. “Quem garante que minha filha vai resistir a esse cirurgia?”, disse.

Emília Gadelha relatou que está disposta a passar seus conhecimentos aos médicos do Acre sobre os estudos realizados. “Isso que ocorreu no Acre é um crime e o Ministério da Saúde deverá investigar o caso. Precisamos resolver essa questão imediatamente”, argumentou.

Nota enviada pela médica sobre eventos adversos da vacina anti-HPV em adolescentes no Acre

No dia 22 de outubro de 2019, a Dra. Maria Emilia Gadelha Serra, médica formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1988, Presidente da Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica (SOBOM) e Pós-Graduanda em Perícias Médicas e Medicina Legal, apresentou os resultados preliminares de sua pesquisa sobre os eventos adversos das vacinas anti-HPV para a Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Acre (ALEAC). O estudo se baseia em duas frentes: 1- a análise do banco de dados de monitoramento de eventos adversos da Organização Mundial da Saúde (www.vigiaccess.org – pesquisar “HPV vaccine”) e a revisão da literatura médica científica realizada nas bases de dados internacionais; 2- a apresentação dos dados clínicos de ampla investigação diagnóstica feita em 3 adolescentes do Acre que apresentaram sinais e sintomas após a vacinação contra o HPV.

A primeira frente revelou que desde o início da comercialização das vacinas anti-HPV em 2006, 95.703 notificações de eventos adversos foram comunicadas, sendo que 41.440 envolveram o sistema nervoso. Tais manifestações neurológicas incluem uma longa lista, desde dor de cabeça e tontura a convulsões epilépticas típicas, abalos musculares tipo mioclonias, síndrome de Guillain-Barré e as chamadas crises não epiléticas psicogênicas (CNEPs), dentre várias outras.

Desde 2013, a vacina do HPV é disponibilizada pelo SUS e inclusive é obrigatória para os beneficiários do Bolsa Família. Já foram relatados mais de 90 casos de meninas e meninos com eventos adversos no Estado do Acre, acompanhados na Policlínica Tucumã, em Rio Branco. Muitos outros casos também vêm sendo observados desde 2014 em outros estados brasileiros: na cidade de Bertioga (em São Paulo), onde havia um lixão até 2001, e nas cidades de Viana e Cariacica (no Espírito Santo), onde existem áreas de acúmulo de lixo a céu aberto.

Segundo a médica, existe potencial associação de fatores individuais (características genéticas, deficiências nutricionais e alergias, por exemplo) e fatores ambientais que fazem que problemas estruturais de composição da vacina do HPV (fragmentos de DNA viral combinados ao metal alumínio), estudados pelo biólogo molecular Dr. Sin Hang Lee, desencadeiem os mais diversos problemas de saúde.

Segundo a Dra. Maria Emilia Serra e a Dra. Ludmila Militão, que estudaram, na segunda frente apresentada na ALEAC, um pequeno grupo de adolescentes do Acre que apresentam quadros neurológicos surgidos após a vacina do HPV, há necessidade de estudos mais amplos tanto em relação à segurança da vacina quanto sobre o risco de populações expostas a metais pesados (como chumbo, mercúrio e alumínio) que são sabidamente lesivos ao sistema nervoso. Tal combinação pode tornar mais favorável que determinados indivíduos se tornem grupo de risco e desenvolvam reações colaterais, que vão desde dores de cabeça e desmaios, até quadros graves e considerados incuráveis, como síndrome de dor regional complexa, falência ovariana precoce (causando infertilidade), distúrbios de coagulação, tromboses venosas cerebrais, hipertensão intracraniana e outros danos neurológicos, como as crises de abalos musculares de difícil controle (semelhantes a convulsões), frequentemente interpretadas como histeria coletiva e “efeito Youtube”. Casos de câncer de colo de útero foram também relatados em 2006 pela própria indústria farmacêutica fabricante da vacina, o que representa um contrasenso, uma vez que a vacina se propõe a reduzir as taxas deste tipo de tumor. Há relato inclusive de óbitos no Acre, como no caso da menina Mikaely Souza de Jesus, de apenas 9 anos, que faleceu 11 dias após a 1ª. dose da vacina do HPV, com sangramento digestivo incontrolável, uma das reações adversas relatadas como complicação da vacina. As médicas reforçaram a necessidade de investigação diagnóstica específica que deve incluir a angioressonâcia venosa com venografia, TILT-test, eletroneuromiografia, exames bioquímicos direcionados à pesquisa de tromboses, déficits nutricionais e alterações hormonais e eletrolíticas e também a exclusão de poluentes ambientais, em especial de metais pesados.

Esse drama envolvendo a vacina anti-HPV, no entanto, é global. Na Colômbia, na cidade de Carmen de Bolívar, local sob forte contaminação ambiental, cerca de 500 meninas desmaiaram imediatamente depois de serem vacinadas e há um processo judicial coletivo contra o fabricante da vacina do HPV. A vacina também já foi suspensa no Japão desde 2013 após apenas 3 meses do início da campanha de vacinação nas escolas e existem quatro associações de vítimas. A vacinação contra o HPV encontra-se fortemente abalada em países como Dinamarca, França, Espanha e Irlanda, onde colecionaram escândalos sobre o assunto e indenizações. As vacinas anti-HPV, que são medicamentos imunológicos, apresentam um dos índices mais altos de complicações dentre as várias vacinas em uso em todos os continentes.

Famílias do Acre que têm filhas e filhos afetados vêm se mobilizando e cobrando posições dos Deputados Estaduais e do poder público. O Deputado Jenilson Leite, médico infectologista, foi o autor da solicitação da reunião com a Comissão de Saúde da ALEAC. A Ministra Damares Alves, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH), esteve no Acre em março deste ano e se sensibilizou com a causa.

Para a Dra. Maria Emilia Serra, as reações adversas da vacina contra o HPV ocorrem em decorrência de vários mecanismos acontecendo simultaneamente, como quando ocorrem acidentes de avião, sendo necessário um amplo debate sobre os reais benefícios da inclusão e obrigatoriedade desta vacina específica no calendário vacinal brasileiro, considerando que o câncer do colo do útero é uma doença prevenível com medidas relativamente simples (uso de preservativos nas relações sexuais e exame clínico regular por Papanicolau). Defendeu que o Princípio da Precaução deveria ser observado no caso específico da vacina do HPV, principalmente em função do grande número de eventos adversos graves e do questionamento sobre a real segurança e eficácia desta vacina.

As médicas sugerem que medidas preventivas deveriam ser tomadas antes da vacinação, sendo fundamental a identificação e detecção dos grupos de risco (o que ainda não é feito de rotina), além da utilização prévia de antialérgicos. Como medidas terapêuticas, sugerem a correção das deficiências nutricionais, tratamentos das intoxicações identificadas, reabilitação fisioterapêutica e a ozonioterapia, uma técnica disponível em cerca de 50 países, que auxilia na oxigenação muscular e na recuperação de sequelas neurológicas.

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