Outubro Rosa também para os pets: câncer de mama atinge cerca de 45% das cadelas

O mês de outubro é conhecido por ser dedicado a uma campanha de conscientização, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama nas mulheres, o “Outubro Rosa”. Mas pouca gente sabe que esse tipo de câncer também é o mais comum entre pets fêmeas, as cadelas e as gatas.

Um levantamento do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) aponta para a alta incidência da doença nos animais de estimação: cerca de 45% das cadelas e 30% das felinas desenvolvem algum tumor, sendo que 85%, infelizmente, são de caráter maligno. A principais causas apontadas para o câncer de mama nos pets estão relacionadas ao uso de anticoncepcionais, obesidade e também com uma alimentação não balanceada.

Outro fator que eleva o número de casos de câncer nos animais é a falta de castração precoce, aquela que ocorre antes do primeiro cio, quando os animais estão com cerca de seis meses de idade. A castração precoce pode prevenir inclusive outros tipos de câncer.

Quase 20% dos tumores nas fêmeas são diagnosticados muito tarde, o que prejudica as chances de sobrevivência. Os sintomas do câncer de mama em cadelas e gatas variam de caso para caso, mas os mais comuns são: dor, feridas, inapetência, vômitos, desânimo, além de nódulos e inchaço nas mamas.

Denis Nobre é médico veterinário e alerta para os cuidados com os pets/Foto: Arquivo Pessoal

Para prevenir essa situação, o médico veterinário Denis Nobre, que atende na clínica veterinária Anjos de Patas, no bairro Floresta, em Rio Branco, chama atenção para o cuidado com a alimentação. “A prevenção do câncer de mama em cadelas ela é feita mediante vários fatores, um deles é evitar ficar aplicando antis cio que é uma carga hormonal muito grande, outra é a má alimentação, quando ela começa a se alimentar com alimentos feitos por nós, com esses condimentos que nós comemos, com muito sal, muitos conservantes, comida industrializada”, explica.

O veterinário orienta também para a importância da castração, e das consultas períodicas. “Os animais estão expostos aos mesmos fatores ambientais carcinogênicos que nós, como poluição, radiação ultravioleta, entre outros. Então o ideal é sempre levar o animal no médico veterinário pra uma uma revisão periódica, fazer uma consulta pra ver como é que o animal está. E a castração também auxilia bastante porque o animal deixa de produzir hormônio pra produção de leite e não tem aumento da mama, então evita até aquelas gestações psicológicas que faz com que a cadela produza leite. Então tudo isso é fundamental, mas o principal é levar até o veterinário para fazer uma revisão”, concluiu.

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