Teve início nesta quarta-feira, 16, na Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa), a 3ª Feira da Economia Solidária. Até a próxima sexta-feira, empreendedores de diferentes segmentos como agricultura familiar, artesanato, plantas ornamentais, movelaria e alimentação vão apresentar e comercializar seus produtos. A prefeita Socorro Neri realizou a abertura do evento e destacou que a edição deste ano homenageia os feirantes.
“Nada mais justo, porque são exatamente eles [os feirantes] que fazem o elo entre o produtor e o consumidor e muitas vezes eles são os próprios produtores. Nesses dias aqui na feira será discutido ações para o fortalecimento da economia solidária no nosso município e, evidentemente, também da agricultura familiar”, disse.
A prefeita também lembrou que 16 de outubro é o Dia Mundial da Alimentação e da criação da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
“O direito à alimentação é um direito inerente ao ser humano, à sua cidadania como muito bem observa a Declaração dos Direitos Humanos. Aqui também faremos reflexões sobre o cumprimento e o fortalecimento de políticas públicas que possam garantir esse direito essencial à vida. Em Rio Branco nós mantivemos o Conselho de Alimentação e estamos buscando sempre dar o apoio necessário para que o município atue fortemente nessa questão”, afirmou Socorro Neri.
A Feira também conta com o apoio da Central de Cooperativas da Economia Solidária (Unisol). O diretor da entidade no Acre, Carlos Omar, disse que a valorização do feirante e do produtor familiar praticados pela Economia Solidária são fundamentais no combate à fome e à pobreza no mundo. “Durante todo o evento nós vamos ter atividades como o segundo encontro de mulheres da economia solidária e agricultura familiar e a participação de representantes de nove municípios acreanos e agradeço desde já o apoio que a prefeita Socorro Neri tem nos dado nesse evento e também no desenvolvimento de atividades e programas que valorizam essas trabalhadoras e trabalhadores”.
“Eu tô achando ótima essa feira. O que eu pude trazer eu trouxe, maxixe, pepino, cheiro verde, tudo produzido por mim e meus filhos. A Prefeitura de Rio Branco tem nos ajudado muito a entrega de materiais pra estufa, mangueiras pra fazermos a irrigação da horta, adubo, enfim, essa é a segunda vez que participo da feira e espero levar um dinheirinho pra casa”, disse a produtora rural do Polo Agroflorestal Wilson Pinheiro, Inácia Morais.
Quem também participa da Feira são os pacientes do Centro de Atenção Psicossocial de Rio Branco, o Caps II Samaúma, localizado no Bairro Morada do Sol e que atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Eles criaram este ano a Cooperativa Social Ciranda Samaúma com o propósito de custear o transporte até o centro de saúde. São cadernos, blocos de anotações, gravuras e quadros, tudo feito artesanalmente, durante os encontros para o tratamento.
“A gente observou que tinha muitos pacientes que não conseguiam mais custear a ida até lá [no Caps Samaúma]. Então, pensamos em uma estratégia que a gente pudesse fazer algo para que essas pessoas pudessem manter esse tratamento e aqui estamos. A cooperativa tem um poder de empoderar as pessoas muito grande. Eu tenho dificuldades para falar, mas tenho que estar ali explicando o produto, falando com as pessoas, explicando a cooperativa de tudo e me ajudou nesse meio”, disse a vice-presidente da cooperativa, Yara Bardales.