Durante um discurso na Câmara de Vereadores de Rio Branco na manhã desta quarta-feira (30), a reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, falou sobre as preocupações e dificuldades que a universidade tem enfrentado após os sucessidos contigenciamentos de verba feitos pelo Ministério da Educação (MEC).
A sessão, uma moção de aplausos, foi proposta pelo vereador Eduardo Farias (PCdoB) por conta da nota máxima conquistada pelos cursos de direito e psicologia da instituição no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2018.
Aquino se mostrou preocupada com o futuro da universidade, que segundo ela sofrerá com ainda mais cortes no próximo ano. “Se neste ano o bloqueio foi de R$ 15 milhões na Ufac, a previsão para o próximo ano é que o corte seja de R$ 18 milhões”.
Ainda segundo a reitora, mesmo com a liberação de parte do montante contingenciado, a universidade enfrenta dificuldades para honrar os compromissos. “O MEC fez uma liberação tardia de pouco mais de R$ 1 milhão, e somente pra custeio. O que vem dando fôlego para a Ufac realizar alguns investimentos é uma emenda parlamentar de 2017. Em 2018 não tivemos emendas e nem em 2019. Estou muito triste porque não vamos ter emenda para usarmos no próximo ano”.
Outra preocupação da reitora é com relação a possibilidade de fusão da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com o Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CNPq). “Caso isso aconteça, mais uma vez a pesquisa perde nesse país”.