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Roberto Duarte deverá amenizar críticas a Gladson a partir desta semana

Por WANIA PINHEIRO, DO CONTILNET

Mais calmo

O deputado Roberto Duarte vem amenizando as críticas ao governador Gladson Cameli. Ele disse à coluna que sempre teve uma boa relação com Cameli e que, dos 16 projetos enviados pelo Legislativo, só votou contra em dois deles.

Mais tranquilo

Duarte disse que, a partir da próxima semana, estará baixando mais o termômetro em seus debates na Aleac. Ele está correto. Quem vem se aproveitando desse desentendimento entre Roberto e Gladson é a oposição, que bate palma e sorri de orelha a orelha quando o pau está quebrando no plenário da Aleac.

Dias nervosos

Esses foram dias nervosos no parlamento acreano por conta do desarquivamento da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), arquivada pelo deputado Jenilson Leite (PCdoB), enquanto o presidente da Aleac estava ausente do plenário. Roberto chegou a se desentender com o líder do governo, Ghelen Diniz, quase indo às vias de fato.

Sonhador

Roberto Duarte defende a independência financeira dos poderes. Para ele, a reforma da LDO tirou essa “independência” e, ao agir assim, Cameli “é um gestor igual aos outros que já passaram pelo Palácio Rio Branco”. De bom parlamentar, às vezes, o emedebista chega a ser romântico.

Não se enganem com ele

Romântico, sonhador, mas inteligente e original. É um dos melhores nomes que deverá despontar com força nas eleições de 2020. Hoje vejo apenas Roberto Duarte como adversário da prefeita Socorro Neri, que por conta da divisão que deverá acontecer, entre os partidos aliados do governo, poderá se reeleger com tranquilidade.

Está andando muito

Calada, e com poucos assessores ao seu redor, Socorro Neri trabalha dia e noite nos bairros de Rio Branco. Essa disputa entre os aliados do poder palaciano, só ajuda Neri a crescer ainda mais.

Romantismo x política

Um advogado como Duarte, Sandro Miranda, fala do romantismo político impregnado nas três grandes revoluções da era moderna: a Francesa, a Americana e a Russa. Mas, contextualiza que nenhuma delas, de fato, chegou a concretizar todos os seus ideais.

A “independência”

Traduzindo para nossa realidade, é até bem visto o romantismo político dos movimentos oposicionistas, mas no caso em tela – falando de independência dos poderes – isso nunca foi uma realidade e nem será. Vivemos um mundo de autômatos.

Dialogando

O governador cancelou sua ida à Brasília para dialogar com os poderes e procurar uma saída harmônica para a questão financeira. O ajustamento da máquina pública e a exigência de alinhamento dos poderes legislativo e judiciário vem de cima para baixo, tem regulamentação do governo federal.

Preocupante

O caso da não garantia de recursos de bancada para a BR 364 deve ser revisto pelos deputados e senadores, principalmente, nesse momento em que se fala tanto na saída para o Peru via Pucallpa. Um ano sem os serviços essenciais, e tudo volta para o brejo.

Jéssica Sales/Foto: ContilNet

Jéssica Sales

A deputada Jéssica Sales (MDB-AC) que é da região, precisa urgentemente agir perante a coordenação em Brasília, com o senador Sérgio Petecão (PSD-AC). Caso contrário, ficará feia na fita. Enquanto foi deputado e senador, Gladson Cameli nunca deixou faltar recursos de bancada para manutenção da rodovia que é fundamental para a região do Juruá.

Interesses

O caso da BR 364 exige movimentação também do deputado Jesus Sérgio, a rodovia é o único acesso ao município de Tarauacá, onde ele tem sua base de sustentação política.

Mais recursos

Em entrevista na Rádio Aldeia, o secretário de infraestrutura, Thiago Caetano, disse que outro viés para aportar recursos para BR 364, seria o de aumentar os repasses ao DNIT do Acre, que a cada ano são reduzidos pelo governo federal.

Efeito dominó

Caso a bancada não consiga sinalizar com o aporte de mais recursos para a BR 364, os serviços de revitalização da 317, trecho entre Brasileia e Assis Brasil, Rio Branco e Capixaba, terão o volume de obras reduzido, porque, segundo Thiago Caetano, os recursos disponíveis serão divididos com a 364. Ou seja, a atitude até agora da bancada federal pode prejudicar duas regiões vitais ao desenvolvimento do estado.

Se ‘alue’, prefeito!

A estrada que liga Rio Branco a Sena Madureira vem sendo chamada de “rodovia da morte” por conta dos inúmeros acidentes ocorridos este ano, muitos com vítimas fatais. As autoridades de Sena Madureira, principalmente o prefeito Mazinho Serafim, deveriam se indignar com isso e cobrar do governo federal mais recursos para ao menos tapar a buraqueira que tomou contra da rodovia.

Passos de bicho-preguiça

Quem trafega na estrada de Sena poder ver três gatos pingados do 7º Bec, numa vagareza de bicho-preguiça, tapando um buraco aqui e outro ali. O que não entendo é eles fecharem um buraco no quilômetro dez e pularem para fechar outro no quilômetro vinte. A paciência esborrou!

Cabeça de burro

Enfim, o Ministério dos Transportes apresenta parecer final para licitação da obra de contorno do Anel Viário entre Brasileia e Epitaciolândia, saída para o Pacífico. Uma ponte com 240 metros de mão dupla faz parte do projeto. Na próxima sexta (25) o estado terá o aval para tocar a obra.

Juntos e misturados

Aliados de primeira hora e até aqui o governador e vice mais afinados na história do Acre, Gladson Cameli e Wherles Rocha, respectivamente, se estarão unidos e no mesmo palanque de Rio Branco, devem caminhar em palanques separados em alguns municípios do interior e se comporem em outros. Em Rio Branco, parece pacífico que o candidato a prefeito apoiado pelo Governo será Minoru Kimpara pelo PSDB, com Alysson Bestene, indicado por Gladson Cameli, como vice. Mas no interior, em alguns municípios, o bicho deve pegar.

Palanques diferentes

Um exemplo do que se afirma em relação a isso vem precisamente do Alto Acre. O retorno do delegado Sérgio Lopes ao comando da Polícia Civil no Alto Acre passa por uma articulação de Wherles Rocha, o vice-governador e grão-vizir do PSDB local. Filiado ao PSDB, Lopes volta à função na região para ter visibilidade e, quem sabe, vir a disputar o cargo de prefeito por Epitaciolândia, tendo o fiscal de renda Torres Silva, filho do município, empresário local e presidente do MDB, como seu candidato a vice.

Tião Flores e seus espinhos

Uma chapa neste sentido colocaria em polos e palanques opostos o governador Gladson e o vice Rocha porque o primeiro deverá apoiar o atual prefeito Tião Flores, recém- saído do PSB para o PP, o partido do governador, enquanto Rocha articulou o retorno de Lopes à região e ainda mais a possível adesão do MDB. Uma chapa do PSDB com apoio do MDB na região deixaria a situação em Epitaciolândia sem favorito, em pé de igualdade. Nem tudo será flores no caminho do prefeito Tião: haverá espinhos também porque o senador Sérgio Petecão, do PSD, tende a vir a apoiar esta chapa, dizem amigos seus.

Tem o ‘Manizinho’
E não esqueçam do Luizinho Hassem, o ‘Manizinho’, que é uma das lideranças mais carismáticas do Alto Acre. A política está no sangue da família Hassem, uma das mais respeitadas e bem avaliadas da região. ‘Maninzinho’, que é aliado da deputada federal Vanda Milani, não está fora do páreo. Podem apostar!

Damasceno e Furtado

Em Tarauacá, como em Rio Branco, governador e vice devem se encontrar. O vice Major Rocha quer levar o ex-prefeito Rodrigo Damasceno, ex-petista, para o PSDB a fim de que ele possa vir a ser o vice – ou também cabeça de chapa- com a vereadora Janaina Furtado, recém-saída da rede e atualmente no PP. A chapa dos sonhos do governo contra a oposição, que ainda não definiu o nome com o qual vai se apresentar. A principal articuladora do retorno do filho Rodrigo Damaceno à política, que é médico, é sua mãe, Bebé Damascebo. E ela quer ver o filho no ninho dos tucanos.

Diniz e Vieiras

Em Sena Madureira, o candidato do PP, o partido de Gladson Cameli, deve vir a ser mesmo o deputado Gerlen Diniz. Deve compor com Toinha Viera, do PSDB, como vice, naquilo que é chamado “todos contra Mazinho”, uma referência ao espalhafatoso prefeito Mazinho Serafim (MDB), que é candidato à reeleição. Ou seja, aos poucos, o baralho da sucessão municipal de 2020 vai sendo colocado à mesa.

Sena tem muitos nomes

Mas tem ainda, Zenil Chaves do PSL, Charlene Limam do PTB, Josandro Cavalcante (sem partido) e Jairo Cassiano, do Democratas. Todos esses nomes são bem avaliados no município, e tudo pode mudar, dependendo de pesquisas de opinião pública que deverão dizer quem é o melhor para encabeçar uma chapa e disputar a prefeitura de Sena.

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