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Suspeito de estupros não usava órgão sexual, e sim armas e outros objetos

Por EXTRA

Um empresário do ramo de obras foi preso nesta quinta-feira por ter estuprado pelo menos oito mulheres em Cariacica, no Espírito Santo. A delegada Claudia Dematte, chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DIV-DEAM), contou em entrevista coletiva nesta sexta-feira que os crimes eram cometidos com requintes de crueldade. Ela disse que o autor já foi reconhecido por quatro das vítimas, enquanto outros casos seguem sob investigação.

De acordo com Dematte, a prisão ocorreu após trabalho em conjunto da Polícia Civil e da Polícia Militar do estado. A delegada ressaltou que o modus operandi do empresário, identificado como Glaupiherle Grasielo Rocha, de 36 anos, deixou a todos chocados.

— Foram casos de extrema violência contra essas mulheres que foram vítimas de um crime contra sua dignidade sexual. E nós ressaltamos que é uma das piores violências que uma mulher pode sofrer. Fere o corpo, a liberdade, a dignidade sexual da mulher — afirmou.

Material usado nos estupros foi apreendido no carro do empresário preso Foto: Divulgação / Polícia Civil do Espírito Santo

O carro do suspeito, morador do bairro São Francisco, foi encontrado com vestígio de sangue e uma série de materiais usados nos estupros, como objetos cortantes. Segundo a delegada, as vítimas em geral sofreram laceração e precisaram passar por reconstrução.

— Muitos desses casos sequer tinham sido noticiados na polícia. As vítimas muitas vezes têm medo e vergonha de procurar as autoridades policiais. Nós orientamos que as mulheres que forem vítimas de crimes contra a dignidade sexual procurem a Polícia Civil para registro de ocorrência — destacou.

Embora não possa fornecer mais detalhes sobre o andamento da investigação para não atrapalhar o trabalho policial, Dematte relatou que o autor dos estupros não usava seu órgão sexual, mas introduzia objetos nas partes íntimas das vítimas, incluindo objetos cortantes ou até mesmo arma de fogo.

— As vítimas ficaram extremamente lesionadas, além de abaladas psicologicamente — afirmou a delegada. — Se existirem mais vítimas, procurem a delegacia e façam a denúncia.

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