O serviço de segurança da Câmara Municipal de Rio Branco está de prontidão desde o início da sessão desta quarta-feira (23) para uma possível intervenção a fim de conter os ânimos de dois vereadores, Célio Gadelha (PSDB) e Marcos Luz (MDB), que trocaram acusações, inclusive com palavras de baixo calão, e quase foram às vias de fato. Luz chegou a ser chamado de safado por Gadelha.
Na semana que passou, na Assembleia Legislativa, os deputados Roberto Duarte (MDB) e Gerlen Diniz (Progressistas), líder do Governo na Assembleia Legislativa. Em entrevista ao ContilNet, no fim de semana, Duarte, que é lutador de jiu-jitsu, revelou que Diniz chegou a chamar os seguranças para que o retirassem do plenário. Na Câmara Municipal, a confusão desta manhã não foi menor.
Criticado pelo colega Marcos Luz porque não faz oposição à administração da prefeita Socorro Neri, mesmo sendo do PSDB, partido de oposição à Frente Popular do Acre (FPA), coligação da executiva municipal, Célio Gadelha (PSDB) atacou seu crítico chamando-o de safado. O termo excelência, exigido pelo decoro, sumiu por alguns instantes. O ataque foi feito em resposta a um discurso de Marcos Luz ao afirmar que, na Câmara Municipal de Rio Branco, só há dois vereadores de oposição à prefeita – ele e o vereador N. Lima (PSL).
Ofendido, Célio Gadelha disse que Marcos Luz não tem qualificação moral para tais ataques e que nem sequer foi eleito de fato – referência ao fato de que ele era primeiro suplente e só assumiu, em 2018, com a eleição do então vereador Roberto Duarte para a Assembleia Legislativa. “Eu exijo respeito. “Você me respeite! Porque você faz a oposição que você quer, eu faço uma posição com coerência e responsabilidade”, disse Gadelha, que em seguida aumentou o tom das críticas: “Você é um safado! você tem que falar por você, não é por mim não! Eu sou titular, você não ganhou a eleição . Irei continuar fazendo oposição aqui como comecei e, do jeito que eu entrei, irei sair. E, respeite todo mundo aqui vereador”, encerrou.
Marcos Luz não quis comentar o discurso do colega após a sessão. A mesa diretora da Câmara pediu que a expressão “safado” fosse retirada das notas taquigráficas.