Dia 19 de novembro, foi designado pela ONU (Organização das Nações Unidas), como dia global do empreendedorismo feminino. O objetivo é que neste dia, sejam desenvolvidas ações de incentivo ao empreendedorismo feminino em todo o mundo.
Resolvemos reunir, cinco histórias de mulheres empreendedoras, na maioria mães. Mulheres que em meio as dificuldades da vida, encontraram uma saída, reinventaram sua história e conquistaram sua independência financeira, além é claro, de terem alavancado sua autoestima.
Katiuscia Braga
La trufas
“Sou mãe da Jennifer de 16 anos e do Heitor de 2 anos e 4 meses.
Na época que engravidei do Heitor, estava num momento bem difícil, passando por todo o processo de separação, tinha pedido as contas do emprego (na época trabalhava como técnica de enfermagem do hospital Unimed) e fazia odontologia na Uninorte. Eu acabei decidindo ir embora para fortaleza.
Malas prontas, já tinha “vendido” praticamente tudo que era meu. Mas, faltando cerca de duas semanas para eu viajar, descobri que estava grávida. Foi quando eu e meu ex resolvemos dar mais uma chance a nossa relação.
Como sai da empresa grávida, tive direito de voltar a trabalhar. Então Passei a gravidez toda trabalhando, mas já pensando em como poderia melhorar minha renda e ter mais tempo com o bebê. Comecei a vender roupinhas de bebê, depois pulseiras… Mas aí veio a ideia de vender trufas!
Mas não queria que fosse só trufas como as que têm por aí, queria algo diferente, em que as pessoas morressem de amores a cada mordida! Com uma embalagem atrativa. Um trabalho bem artesanal. Eu pensei que se fizesse as melhores trufas, o sucesso viria e eu iria conseguir viver disso. E deu certinho!
Foi aí que fui inventando, fazendo recheios diferentes, hoje as trufas que fazem mais sucesso são as com recheios gourmet. Eu faço as trufas em tamanho menor também, as minis trufas ideais para festa. Em meio ao turbilhão de emoções que estava vivendo, empreender me dava esperança e força para superar as dificuldades, e ainda ficar perto do meu filho.
Em julho deste ano, o Heitor começou a estudar, e eu voltei para faculdade, graças as Trufas. Que continuam fazendo parte das nossas vidas! Vendo na faculdade, pelo aplicativo Ifood, pra família, pros amigos.
De fato, virou minha profissão. Minha renda. Na medida que ia vencendo os desafios e vendo os resultados de empreender e ser mãe, eu me sentia mais mulher, uma super mulher, o que me modificou como pessoa e ajudou inclusive no meu relacionamento.”
Lenara Pillecco
Pillecco’s Doceria
Meu nome é Lenara Pillecco tenho 30 anos e sou proprietária da Pillecco’s Doceria. Comecei a fazer doces e bolos a 4 anos atrás, sem nenhum tipo de curso ou conhecimento profissional, apenas a força de vontade e a necessidade de trabalhar em casa por ser mãe.
Depois de um tempo trabalhando, já havia aprendido muitas coisas, mas, resolvi fazer um curso no Senac, onde me aperfeiçoei em técnicas. Esse aperfeiçoamento me trouxe uma nova perspectiva. Foi então, que comecei a ministrar cursos e dividir conhecimento.
A primeira turma eu aluguei um espaço e fui na garra . Já a segunda turma aluguei uma cozinha climatizada foi sucesso. Acho que eu sempre tive um raciocínio que me ajuda muito que é o seguinte… Um passo de cada vez em busca da melhoria dos nossos projetos pessoais e profissionais.
Não posso dizer que tem sido fácil ser mãe, esposa e empreendedora. Mas, é muito gratificante fazer o que gosta, trabalhar para si próprio e colher os frutos dessa dedicação. Eu amo o que faço e tenho certeza que a porta pro sucesso está cada vez mais próxima, com fé em Deus e muito trabalho! Sou grata a tudo que conquistei sozinha e com apoio do meu marido que nunca me deixou desistir.
Faço doces decorados, tradicionais , bem casados, bolos e tortas geladas
Tenho uma pagina no Facebook e Instagram
@Pillecco’sDoceria
Nanci Pacífico
Belas Unhas
Me chamo Nancirlene, tenho 29 anos, sou casada com Ademir há 6 anos, sou mamãe do Gabriel de 11 e do José Emanuel de 5 anos
Sempre trabalhei desde muito nova, já fui babá, auxiliar de cozinha, garçonete, operadora de caixa e mas um monte de coisas.
Quando o José nasceu eu fiquei sem poder trabalhar, pois ele nasceu com uma má formação congênita (mielomeningocele e hidrocefalia), fiquei sem chão! Sem romantizar, me vi em momento muito delicado, pois além de ter um filho especial, eu não estava conseguindo visualizar como eu iria ajudar na renda da família, eu sempre corri atrás do meu próprio dinheiro, sempre tive uma vida tão ativa. Nesse momento a gente parece ficar cega, atordoada e a situação parece não ter saída.
Chegou o momento que eu precisava “sacudir a poeira”, olhei a minha volta e comecei a pensar o que eu tinha a meu favor. Foi quando tive a ideia de fazer unha em casa mesmo, eu aliviava o stress, tinha o momento para conversar com as clientes e ainda ganhava algum dinheiro. No começo era mais uma válvula de escape, mas eu vi que tinha habilidade, aliei essa habilidade com o apoio que recebi do meu marido. E foi sucesso.
Bem no começo eu atendia somente na minha casa, até que uma amiga e cliente sofreu um acidente (quebrou o pé) e pediu que eu fosse até a casa dela para fazer a unha. Eu sempre andei de bicicleta, então não vi dificuldade. Fui
Chegando lá era um “quarteirão” vários apartamentos e várias moradoras, fiz a unha de 3 mulheres naquele mesmo dia.
Assim uma foi passando o contato para outra, que passou para outra e hoje quase não consigo dar conta de atender todas que me ligam.
O que começou em meio a dificuldade, se tornou minha fonte de renda, de felicidade e realização. Quando eu parei de pensar nos problemas e focar na solução, tudo começou a dar certo. E eu sei que ainda temos muito a conquistar, um dia de cada vez, fazendo o melhor que podemos e as coisas vão acontecendo. O importante é focar na solução e não nos problemas.
Edmirck Herculano
Mamãe Coruja
Me chamo Edmirk Herculano, minha história de empreendedorismo está totalmente ligada ao nascimento do meu primeiro filho. Uma frase que eu gosto muito, diz que, “quando nasce uma mãe, nasce uma empreendedora!” Pra mim essa frase é muito real.
Sempre tive uma ligação forte com o empreendedorismo, e logo que me formei comecei a trabalhar no SEBRAE e com certeza fui muito influenciada por esse meio de trabalho.
Eu sou Engenheira Agrônoma, e quando meu filho nasceu eu havia acabado de passar no concurso dos sonhos, eu estava bem empregada e com um salário muito bacana. Mas, em compensação, não tinha tempo para o bebê e isso me incomodava muito.
Paralelo a isso, era época de carnaval, eu estava procurando uma fantasia especial para o meu filho que tinha acabado de nascer! Um body de super-herói, depois de muito procurar, encontrei, mas com um valor muito acima do que eu pretendia pagar.
E foi em uma conversa com duas amigas que eu decidi, largar o emprego dos sonhos e montar uma empresa on-line de peças personalizadas, seria a única do estado na época. Era minha esperança de ganhar dinheiro e ainda ficar mais tempo junto do meu filho.
As amigas e eu firmamos sociedade. Fizemos contato com fábricas de peças personalizadas de fora e enquanto elas não chegavam, resolvemos fazer adesivos personalizados para mesvesários. Quanto investimos? Zero reais. Isso mesmo, é possível começar um negócio do zero literalmente, com zero reais.
Nem eu nem minhas socias, tínhamos o dinheiro para mandar fazer os adesivos e começar o negócio. Mesmo assim fomos até uma gráfica e mandamos fazer. Os adesivos ficariam prontos em poucas horas e ai então faríamos o pagamento. Nós fizemos uma espécie de pré-venda. Oferecemos os kits de adesivo que ainda não tínhamos nas redes sociais e em pouco tempo muitas clientes demonstraram interesse.
Fomos até a gráfica buscar nosso pedido no horário estabelecido. Eu disse ao dono da gráfica que havia esquecido o dinheiro, mas que já voltava para pagar. Ele me entregou os adesivos, corremos para vender, pegamos o dinheiro pagamos os adesivos e ai começamos! Com o sucesso de vendas dos adesivos pagamos o pedido das peças que havíamos encomendado. Quatro meses depois, já estávamos com maquinário próprio, produzindo todas as peças aqui mesmo no estado.
Com o tempo, uma sócia mudou de cidade, a outra precisou se afastar por motivos pessoais. Eu comprei a parte delas e hoje toco a empresa sozinha. Tive mais uma filha, minha parceira de trabalho que está sempre comigo. Eu mudei de profissão pela minha família, mas nunca vou dizer que foi um fardo. Para mim foi uma redescoberta, que me faz muito mais feliz!
Caroline Alves
Positive Soluções Financeiras
Resolvi contar minha história também.
Minha influência no mundo empreendedor veio desde o berço, sou filha de empreendedores. Meus pais eram comerciantes de produtos alimentícios e material de construção, e eu estava no estabelecimento deles, me envolvendo nos processos.
Apesar disso, eu escolhi estudar Enfermagem, que era uma outra paixão, me formei, fiz pós-graduação na área de urgência e emergência. Mas, quando fui pra atuação de fato, sentia que faltava alguma coisa.
Eu tinha um “plano de voo” perfeito, que era, passar em um concurso, juntar dinheiro e abrir um Home Care, que seria, pelos meus cálculos, o primeiro de Rio Branco.
É como diz “Deus escreve certo, por linhas tortas”. Dois anos depois de concluir minha formação, não tinha sido lançado nenhum concurso na minha área, eu estava numa fase pouco produtiva.
Concomitante a isso, eu tive meu filho. E no aniversário dele um ano que identifiquei uma baita oportunidade para empreender. Diante da dificuldade que eu tive de contratar um buffet de festa infantil.
Já havia se passado cerca de uma semana após o aniversário, quando eu tive a ideia. O intervalo entre a ideia o fechamento do primeiro contrato foi de máximo 4 horas.
Eu sempre digo, empreendedor é movido pela vontade de realizar, de fazer acontecer. E foi essa vontade que me invadiu, e fez com que eu tivesse a ideia, fosse na internet fazer a divulgação recebesse minha primeira encomenda.
O pedido era de 200 mini pizzas, 200 hamburguinhos, 200 Hot dogs, 40 litros de suco, salgadinhos e também os garçons. Quando eu contei para o meu esposo, depois do contrato já fechado e parte do dinheiro do orçamento na mão, a primeira reação dele foi de completo espanto. Ele perguntou, como eu nunca havia comentado que sabia fazer essas coisas. Eu explique que na verdade não sabia, que no máximo eu sabia fazer o hot dog e o suco, mas poderia apreender.
Aprendi, Fiz e entreguei. A cliente ficou muito satisfeita, me indicou para as amigas, e do aniversário do filho dela eu já sai com mais uns 3 contratos quase fechados. Foi sucesso, trabalhei com o buffet por quase um ano.
Mas, eu e meu esposo resolvemos investir em outro projeto, e eu tive que optar entre a empresa de Negociação que fundamos juntos e o buffet.
Eu abri mão do buffet, em prol de empreender em algo inovador, que faria a diferença não só na minha vida, mas, na de muitas outras pessoas. Hoje eu lidero a equipe da primeira fintech do estado do Acre. Posso dizer que empreender é ter a capacidade de se projetar em diferentes realidades, absorver e desenvolver as melhores habilidades. É se apaixonar não por uma profissão ou status, mas pelos resultados que suas ações geram.
DEIXA EU CONTAR SUA HISTÓRIA!
Me diz o que você gostaria de ver aqui na coluna.
Me conta sua história com seu empreendimento.
Interaja comigo pelo Instagram @carolalvesfreire.