No Monitor da Violência do site G1, os estados do Acre, Ceará e Rio Grande do Norte foram os que apresentaram quedas expressivas no número de mortes violentas entre os meses de janeiro e setembro de 2019. No Acre, a redução foi de 35,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com o secretário de Justiça e Segurança Pública, coronel Paulo Cézar, esses números não refletem apenas a utilização do policiamento ostensivo que foi reforçado esses meses, mas também as medidas adotadas nos presídios do interior do estado, onde houve expressiva redução de crimes.
“Toda semana o Sistema Integrado se reúne e debatemos estratégias com decisões compartilhadas. A retomada da ordem nos presídios, as operações de prevenção, abordagens e repressão nos bairros com maior índice de crimes e a presença policial nas ruas têm sido de suma importância para essa redução no estado”, destacou.
Paulo Cézar destacou ainda os investimentos realizados por meio dos governos federal e estadual para melhorar a segurança no estado, que também contribuíram para o avanço do serviço prestado pelo Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp).
“Só este ano foram mais de R$24 milhões de investimentos para a Segurança Pública. Além disso, recebemos duas aeronaves e mais de 120 viaturas para todas as forças, que serão distribuídas aos 22 municípios do Acre, bem como a implantação do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), atuando em toda a extensão fronteiriça do estado, para coibir o tráfico de drogas, armas, roubo de veículos e outros crimes de fronteira”, completou.
Razões para a redução
De acordo com integrantes e ex-integrantes dos governos e entidades de todos os estados brasileiros, algumas medidas explicam essa redução, como por exemplo:
– Ações mais rígidas em prisões, como constantes operações de revistas e implantação do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)
– Isolamento ou transferência de chefes de grupos criminosos para presídios de segurança máxima
– Criação de secretaria exclusiva para lidar com a administração penitenciária
– Criação de delegacia voltada para investigar casos de homicídios
– Integração entre as forças de segurança e justiça
– Maior investimento em inteligência policial adoção de programas de prevenção social.