Cinco razões pelas quais você não deve salvar dados de pagamento online

Consumidores que salvam o cartão de crédito ao fazer compras online em busca de maior comodidade podem, na verdade, colocar suas finanças em risco. Em 2013, por exemplo, o site Ingresso.com expôs dados de clientes por uma falha no controle de sessão do site. Até hoje, usuários se queixam de vazamentos no Reclame Aqui e envolvem empresas de diversos ramos de atividade.

O costume de marcar a opção “Salvar cartão para compras futuras”, no entanto, tende a crescer no Brasil. Pesquisa recente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) indica que mais pessoas estão comprando na Internet, ao passo que um levantamento da SPC Brasil referente a junho de 2019 mostra que cartão de crédito é a principal forma de pagamento. Veja, a seguir, cinco motivos pelos quais é importante não guardar o cartão no site da loja.

1. Seus dados podem ser vazados
A segurança dos dados de cartão de crédito depende muito de cada loja online, então é difícil saber quando se pode confiar. Em geral, especialistas recomendam não guardar os dados na Internet, a não ser que o cartão seja do tipo pré-pago, que pode ter saldo zerado para evitar fraudes. É importante ter cuidado especialmente quando é preciso digitar os dados do cartão em um formulário simples diretamente no site. Em geral, é mais seguro quando a loja abre um pop-up e redireciona o usuário para PagSeguro, Mercado Pago ou PayPal, entre outros provedores especializados em pagamentos.

2. Lojas podem debitar compras indevidas
Além de risco de roubo de dados, um cartão de crédito salvo pode tornar o usuário um alvo mais fácil de erros de sistema. O Reclame Aqui acumula diversas queixas de consumidores sobre compras indevidas que poderiam ser evitadas se a conta não tivesse um meio de pagamento cadastrado. Vale a mesma recomendação do cartão pré-pago: se você deseja salvar um cartão, que seja um do tipo descartável que pode ter o saldo carregado apenas quando for efetuar a compra.

3. Você pode assinar um serviço sem querer
Serviços como Netflix, Amazon Prime e HBO Go, entre outros, oferecem um período de degustação grátis que precisa ser ativado mediante o cadastro de cartão de crédito. No entanto, em alguns casos, é possível remover o meio de pagamento para se assegurar que a assinatura não será cobrada caso você esqueça de cancelar antes do prazo. Além disso, é importante checar se há algum tipo de aviso de cobrança: tanto Amazon quanto Netflix enviam um e-mail dias antes de efetuar o débito. Ainda assim, a única garantia de evitar assinar sem querer é não ter cartão algum registrado.

4. Outras pessoas podem fazer compras sem permissão
Cartões salvos na Play Store, App Store, PSN e outras lojas de conteúdo digital podem ser tudo o que um filho quer para fazer compras sem a permissão dos pais. Além disso, ter um método de pagamento guardado pode facilitar a ação de invasores: em 2011, um hacker acessou contas de 77 milhões de usuários da loja do PlayStation. Usuários que tinham cartão de crédito gravado, portanto, ficaram vulneráveis e podiam ter compras efetuadas em seu nome.

5. Aumentam as chances de comprar por impulso
Nem sempre o perigo está em terceiros: cartões salvos podem encorajar compras online por impulso. Um estudo da SPC Brasil revela que o cartão de crédito está fortemente ligado a compras por impulso, cenário que pode ser agravado quanto maior for a facilidade do uso desse meio de pagamento. Especialistas costumam recomendar deixar o plástico em casa ao sair para evitar fazer compras desnecessárias. O equivalente dessa prática na Internet é remover os cartões salvos em sites de compra.

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