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Com salários atrasados, servidores da prefeitura de Capixaba podem ficar sem 13º

Por TIÃO MAIA, DO CONTILNET

O caos em Capixaba, município a 77 quilômetros de Rio Branco, agora é de ordem financeira. Secretários municipais, ocupantes de cargos e confiança e servidores admitidos em caráter provisório ainda não receberam seus salários relativos ao mês de setembro e todos, incluindo os funcionários efetivos, correm o risco de também não receberem o décimo-terceiro, em dezembro.

“Simplesmente não há dinheiro para nada em nosso município”, disse o prefeito afastado José Augusto (Progressista), ele próprio ainda a ver navios em relação aos seus proventos. Afastado do cargo desde o ano passado mas com a garantia de continuar recebendo seus salários por ordem judicial, José Augusto tomou um susto quando foi ao banco ao final do mês passado em busca de seu pagamento e encontrou a conta vazia. “Pensei que era só em relação à minha pessoa, por causa dos problemas judiciais que respondo. Depois, fiquei sabendo que nem mesmo o prefeito em exercício e às pessoas de sua confiança também não receberam”, disse José Augusto.

O secretário municipal de finanças, Márcio Nolasco, o “Marcinho”, dá calado como resposta às indagações em relação à suspensão dos pagamentos e sobre a situação financeira no município. O silêncio oficial faz surgir na cidade as mais variadas versões. Uma delas, a mais corrente, dá conta de que o dinheiro sumiu porque, em setembro, haviam informações de que o prefeito José Augusto poderia voltar ao cargo a qualquer momento e por isso o prefeito substituto Antônio Cordeiro, o “Joãozinho”, teria dado a ordem para a limpeza dos cofres públicos, com o pagamento de aliados e outros de interesse da Prefeitura. “Com isso não sobrou dinheiro para pagar ninguém depois. Nem a eles mesmos”, disse uma fonte do ContilNet. “Eles achavam que Jose Augusto iria voltar e assim encontraria a Prefeitura sem dinheiro para nada”, acrescentou a fonte.

O fato é que, sem o dinheiro do pagamento dos servidores, cuja folha oscila em torno de R$ 500 mil, a cidade de Capixaba parece abandonada. Não há serviços de limpeza e capina de rua simplesmente porque não há combustível para fazer rodar os carros coletores ou fazer funcionar as roçadeiras que deveriam aparar a grama e o mato que agora tomam da cidade, inclusive nos arredores da Prefeitura, que também parece abandonada.

A suspensão dos pagamentos dos servidores graduados do município e dos provisórios já se faz sentir no comércio da cidade. Lojas dos mais diversos segmentos do comércio abrem e fecham sem que apareçam fregueses e a vida por ali está cada vez mais difícil.

 

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